13.07.2015 Views

livro humanização.indd - Secretaria dos Direitos da Pessoa com ...

livro humanização.indd - Secretaria dos Direitos da Pessoa com ...

livro humanização.indd - Secretaria dos Direitos da Pessoa com ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Recepção Humaniza<strong>da</strong>pela gestão. Com certeza, serviços nos quais a Humanização se esgota noPrograma Jovens Acolhedores, e mais uma ou outra ação humanizadora,jamais conseguirão desenvolver a cultura <strong>da</strong> Humanização e nela a convivênciaenriquecedora <strong>da</strong>s diferenças.Por outro lado, pensando na situação em que os alunos são bemaceitos pela instituição, mesmo em tais condições favoráveis, o programapede atenção. Voltando à questão <strong>da</strong> importância <strong>da</strong> escuta que singularizaa ação desses jovens, reforçamos que o supervisor é a pessoa-chavepara o sucesso desse processo...O supervisor não é (e nem pode ser) um encarregado que controla opessoal. Não é um bedel de alunos (embora seja alguém que dê limites eorientações). O supervisor é, acima de tudo, um modelo para o acolhimentoe um tutor para o aprendizado <strong>da</strong> escuta aberta e de outras <strong>com</strong>petências<strong>com</strong>unicacionais.Mas afinal, o que é essa escuta de que tanto falamos? No nossoponto de vista, a escuta é essencialmente uma abertura para a conversa. Agente não pensa muito nisso, mas a conversa está na base <strong>da</strong>s relações humanas.A conversa é essencial para a vi<strong>da</strong> humana. A gente precisa tantode conversa que, quando sozinhos, conversamos <strong>com</strong> os nossos botões...Falamos sozinhos... Não poder conversar é uma forma de penitência. Háquem diga que nos campos de concentração nazistas era <strong>com</strong>um separaros prisioneiros de mesma língua <strong>com</strong>o forma de castigo e para evitar aaproximação entre as pessoas.Habermas 4 acredita que habitamos um mundo (<strong>da</strong> concepção Existencialista,o mundo <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>) que se <strong>com</strong>põe <strong>da</strong>s estruturas <strong>da</strong> cultura,<strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de e <strong>da</strong> personali<strong>da</strong>de de ca<strong>da</strong> um, no qual <strong>com</strong>partilhamosexperiências pela conversa. Nessa condição, somos to<strong>dos</strong> dota<strong>dos</strong> de uma<strong>com</strong>petência <strong>com</strong>unicativa universal <strong>com</strong> a qual buscamos, antes de tudo,o entendimento. Sim, ele diz que a função principal <strong>da</strong> linguagem é oentendimento entre os homens, e ain<strong>da</strong> que a fala se aplique a muitosoutros interesses, primariamente ela surge <strong>com</strong>o produção humana para oentendimento.Mas veja bem, nesse sentido, conversar não é tagarelar. Quando,numa festa, uma pessoa conta a alguém sobre um filme e esse alguém133

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!