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O Realce à Subjetivi<strong>da</strong>de: assim <strong>com</strong>eça a Humanização na atenção à Saúderiali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> carne, líqui<strong>dos</strong> e processos físico-químicos no mesmo invólucro<strong>da</strong> alma. Por isso, tocar o corpo será sempre provocar sensações, puxar pelamemória, e escrever mais uma linha na história <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> <strong>da</strong> pessoa.Na prática, não existe procedimento técnico, clínico ou cirúrgico,que não provoque emoções, sentimentos, lembranças, e não deixe seusrastros de impressões, efeitos e memória. Isso é importante porque os pacientespodem reagir ao contato físico <strong>com</strong> o profissional <strong>da</strong> Saúde de ummodo que a gente muitas vezes não entende, porque não se trata apenas deum sentir por vias neurais... Mas um sentir carregado de vivências muitasvezes inconscientes para o próprio paciente. Nessa hora, precisamos <strong>da</strong>rum desconto e mesmo que jamais saibamos os porquês de suas reações, anós cabe a calma, a habili<strong>da</strong>de para contornar a situação e se possível, asabedoria de não julgá-los.Tocar o corpo, mesmo que feito de modo absolutamente técnico eético (<strong>com</strong>o sempre deve ser, sendo o contrário totalmente inaceitável),nunca será sentido <strong>com</strong>o um ato asséptico. Particularmente quando o temaa ser revisto no corpo for o sexo.Sexo e subjetivi<strong>da</strong>de formam uma trama irredutível. De novo, <strong>da</strong>Psicanálise, aprendemos que o desenvolvimento <strong>da</strong> sexuali<strong>da</strong>de está nabase do desenvolvimento <strong>da</strong> identi<strong>da</strong>de 14,15 . Nascemos seres sexua<strong>dos</strong>, eantes mesmo de nos sabermos <strong>com</strong>o um “eu” vivente, recebemos nomese cui<strong>da</strong><strong>dos</strong> segundo o gênero. Para os meninos, azul. Rosa, para as meninas...É bem ver<strong>da</strong>de que a sexuali<strong>da</strong>de infantil 13,14 (e hoje, espera-se quetodo profissional <strong>da</strong> Saúde saiba) não é a mesma coisa que a sexuali<strong>da</strong>deadulta, mas é no ambiente cultural que suas insígnias se inscrevem. Nocampo <strong>da</strong> subjetivi<strong>da</strong>de e <strong>dos</strong> processos relacionais que o constituem, aconstrução <strong>da</strong> identi<strong>da</strong>de se dá junto ao desenvolvimento <strong>da</strong> sexuali<strong>da</strong>dedurante a infância e a adolescência pela <strong>com</strong>posição de vivências corporais,culturais e emocionais que formam a matriz <strong>da</strong> personali<strong>da</strong>de adulta.O processo é bastante <strong>com</strong>plexo e absolutamente belo, <strong>com</strong>o só é possívelna natureza essencialmente humana <strong>da</strong> nossa existência.Não sei se tão breve colocação de um tema cujo aprofun<strong>da</strong>mentofoge ao escopo deste texto seja suficiente para fazer perceber que, no nossocotidiano de profissionais <strong>da</strong> Saúde, precisamos estar atentos porque,44

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