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Ro<strong>da</strong>s de Conversainvasão de privaci<strong>da</strong>de nem sempre é tarefa simples, mas é sempre tarefanecessária. E quando, nessa turbulência de emoções, o assunto chega aostemas psiquiátricos, as discussões pegam fogo.Se, em qualquer circunstância, os aspectos psíquicos do viver humanoestão pulsando à flor <strong>da</strong> pele, quando o problema em questão é umcaso que envolva a doença mental propriamente dita, então as cores docenário se tornam bem mais intensas. A visão moral <strong>dos</strong> sintomas mentaisse choca <strong>com</strong> as ideias científicas de saúde e doença que a mídia ouo conhecimento médico veiculam, <strong>com</strong>pondo o saber popular em temposatuais. Tristeza <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, preguiça ou depressão? Dependência, fraqueza <strong>da</strong>vontade ou falta de vergonha na cara?O que foi feito: pensamos as pessoas e as situações de vi<strong>da</strong>, <strong>com</strong>eçandopelo senso <strong>com</strong>um, depois percorrendo alguns conhecimentos sobrea mente humana e os efeitos sociais sobre o <strong>com</strong>portamento. E assim, buscamosampliar a capaci<strong>da</strong>de de ca<strong>da</strong> um para entender melhor o outro e asi mesmo, e agir de forma mais próxima à ética <strong>da</strong> Humanização. Afinal,se de médico e de louco todo mundo tem um pouco, no PSF, então...No PSF, o contato diário e próximo não se dá só <strong>com</strong> a <strong>com</strong>uni<strong>da</strong>de,mas <strong>com</strong> as pessoas dentro do equipamento de Saúde, que é tão lugar deações para a saúde, quanto casa, lugar de histórias de amor e ódio. Disputaspara ver quem vai ser o melhor e mais queridinho do grupo, olharessedutores que buscam seus pares, antipatias gerais, amizades à to<strong>da</strong> prova,embates de poder, preconceitos, fofocas, muitas fofocas... Pano de fun<strong>dos</strong>obre o qual as equipes vão experimentando o seu jeito de fazer saúde.E <strong>com</strong>o “roupa suja se lava em casa”, de tempos em tempos, na instituição,é preciso lavar o pano de fundo, para que o trabalho em equipepossa acontecer de forma eficiente e ver<strong>da</strong>deiramente humaniza<strong>da</strong>. Emmuitas situações, é imprescindível que se fale do que está nas entrelinhas<strong>dos</strong> discursos que permeiam as relações entre as pessoas, definindo o queé do direito pessoal e do dever profissional, na arrumação dessa casa queprecisa de muitos espaços: ambientes reserva<strong>dos</strong> para as especifici<strong>da</strong>des,os lugares <strong>com</strong>uns e as muitas interfaces nas quais se pactuam responsabili<strong>da</strong>dee <strong>com</strong>promisso coletivos. Afinal, trabalhar <strong>com</strong> pessoas, no território<strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, é um desafio que, nas palavras de Guimarães Rosa (1979,148

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