13.07.2015 Views

livro humanização.indd - Secretaria dos Direitos da Pessoa com ...

livro humanização.indd - Secretaria dos Direitos da Pessoa com ...

livro humanização.indd - Secretaria dos Direitos da Pessoa com ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Ro<strong>da</strong>s de ConversaDurante todo o trabalho, contamos <strong>com</strong> o apoio <strong>da</strong> coordenadora <strong>da</strong>uni<strong>da</strong>de do PSF – condição essencial para que esse tipo de trabalho dê certo.Ro<strong>da</strong>s de conversa sobre o trabalho na ruaCriamos dois grupos abertos que se reuniam quinzenalmente, <strong>com</strong> acoordenação dessa psiquiatra e a presença variável de oito a vinte ACS porencontro. Nos primeiros encontros estabelecemos o enquadre, o contratoético e a proposta de trabalho: “conversar um pouco sobre saúde mentalpara atender melhor à população e cui<strong>da</strong>r <strong>da</strong> gente mesmo também”.Caracterizamos os grupos <strong>com</strong>o espaços para falar <strong>da</strong>s inquietaçõesdecorrentes do trabalho cotidiano <strong>dos</strong> ACS e para discutir situações clínicassob o ponto de vista <strong>da</strong> Saúde Mental.A experiência vivaGrupos abertos de tema livre (ou mais ou menos livre, <strong>com</strong>o era onosso caso) não costumam ser espaços institucionais facilmente ocupa<strong>dos</strong>pelos profissionais de Saúde. Apesar <strong>da</strong> consciência de que é por meio <strong>da</strong>fala e <strong>da</strong> escuta que conseguimos elaborar vivências e li<strong>da</strong>r <strong>com</strong> emoções,vários <strong>com</strong>portamentos defensivos irrompem frente a tal oferta. Nossa experiêncianesse tipo de trabalho revela a dificul<strong>da</strong>de que as pessoas têmpara tratar aspectos <strong>da</strong> subjetivi<strong>da</strong>de sua e do outro, que se manifesta naforma de frequência baixa aos encontros, dificul<strong>da</strong>des em estabelecer vínculose identi<strong>da</strong>de grupal, superficialização de temas problemáticos quepossam envolver a pessoa do profissional, esvaziamento <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de aolongo do tempo.Nossa primeira surpresa foi observar um <strong>com</strong>portamento <strong>dos</strong> gruposde ACS totalmente diverso do descrito. Logo de início, os grupos estabeleceramvínculo <strong>com</strong> a coordenadora e ocuparam o espaço e tempo <strong>com</strong>a abor<strong>da</strong>gem de questões espinhosas, difíceis, e nas quais o envolvimentoemocional do ACS ficava não só explícito, <strong>com</strong>o era o próprio tema a quese pedia discussão, exigindo manejo cui<strong>da</strong><strong>dos</strong>o para que o grupo não setornasse um grupo de psicoterapia, mas pudesse oferecer suporte socialpara as vivências ali manifestas. Os participantes mostravam-se confiantese à vontade para falar de suas angústias e sentimentos vários, interessa<strong>dos</strong>140

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!