13.07.2015 Views

livro humanização.indd - Secretaria dos Direitos da Pessoa com ...

livro humanização.indd - Secretaria dos Direitos da Pessoa com ...

livro humanização.indd - Secretaria dos Direitos da Pessoa com ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

O Realce à Subjetivi<strong>da</strong>de: assim <strong>com</strong>eça a Humanização na atenção à Saúdetro, isolamento e solidão, segundo um sistema de valores que têm o eu<strong>com</strong>o sua referência. Portanto, quando falamos de subjetivi<strong>da</strong>de estamosdizendo de processos que se dão no indivíduo e no coletivo determinandomo<strong>dos</strong> de ser no singular e no plural. Assim <strong>com</strong>o o mundo externo incidesobre nosso mundo interno, e nesse encontro mol<strong>da</strong> nossa identi<strong>da</strong>de, nóstambém somos agentes de transformação do mundo externo, cenário ondeexpressamos nossa singulari<strong>da</strong>de.No campo <strong>da</strong> subjetivi<strong>da</strong>de, tanto do ponto de vista individual quantocoletivo, não existe neutrali<strong>da</strong>de nas relações humanas. Mesmo quandoaparentemente distancia<strong>da</strong>s pelo saber específico de uma técnica que trabalhana concretude do corpo, <strong>com</strong>o faz o modelo biomédico 2 de atenção àsaúde. Ain<strong>da</strong> que nesse modelo de atenção o corpo seja pensado pelos profissionais<strong>com</strong>o organismo, para o paciente e sua família, continua sendocorpo <strong>com</strong> nome próprio, portanto histórico, social, psíquico. E mais, noque se refere às relações que se estabelecem, pode-se ignorar os efeitossubjetivos que causam nos profissionais, pacientes e familiares, mas suasmemórias vão guar<strong>da</strong>r essas marcas silenciosas, e não menos atuantes naconstante remodelagem <strong>da</strong>s subjetivi<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s pessoas envolvi<strong>da</strong>s.Isto posto, através do prisma psicanalítico, proponho uma vista panorâmica<strong>da</strong> dimensão subjetiva <strong>da</strong> condição de paciente e <strong>da</strong> condição deprofissional <strong>da</strong> Saúde manifestas no dia-a-dia do nosso trabalho quandodo encontro de ambos.O paciente e os aspectos psíquicos do adoecimentoEm um tempo distante, ca<strong>da</strong> um de nós teve uma primeira pessoaque cuidou de nós quando éramos bebês. E depois vieram outros: pessoas<strong>da</strong> família ou não, médicos, professores, amigos. A subjetivi<strong>da</strong>de <strong>com</strong>eçaa ser construí<strong>da</strong> em uma relação 13 que se dá no território que <strong>com</strong>preendeo corpo do bebê e <strong>da</strong> sua mãe. O corpo a todo tempo cui<strong>da</strong>do, protegido,acariciado, é o palco de histórias e emoções que são construí<strong>da</strong>s e guar<strong>da</strong><strong>da</strong>sna memória que assim é, tanto psíquica, quanto corporal 13,14 . Sobre ocorpo biológico do bebê em relação <strong>com</strong> o outro que lhe cui<strong>da</strong> se constróio que, na Psicanálise, chamamos de corpo erógeno 14,15 , ou seja, uma estruturaque é ao mesmo tempo física, emocional e histórica. Carrega a mate-43

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!