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Ro<strong>da</strong>s de Conversaimaginações e energias intelectuais, independentemente de sua diversi<strong>da</strong>dequalitativa e de sua localização”, proprie<strong>da</strong>de que se faz através <strong>da</strong><strong>com</strong>unicação humana.A escultura <strong>da</strong> identi<strong>da</strong>de profissional parte <strong>dos</strong> elementos <strong>da</strong> experiênciacotidiana e <strong>da</strong> reflexão lapi<strong>da</strong>r sobre eles. Não existe um manualque padronize o que ca<strong>da</strong> um deve sentir, até quando ouvir os reclamos docoração (ou do estômago) <strong>da</strong>s famílias, o que fazer <strong>com</strong> os segre<strong>dos</strong> quelhes são confia<strong>dos</strong> em espaço doméstico.Os recortes de discurso apresenta<strong>dos</strong> mostram sujeitos em ação inteligente.Ao mesmo tempo em que nos falam de histórias, buscam <strong>com</strong>preendê-laspelo exercício do pensar <strong>com</strong>partilhado, que se vai transformandoem possibili<strong>da</strong>de de significação <strong>dos</strong> acontecimentos.Nos relatos, percebemos várias manifestações emocionais que emergemquando encontram a reali<strong>da</strong>de concreta <strong>da</strong>s pessoas em suas casas. OsACS vivem naquele meio, mas não se isentam do mal-estar causado pelascondições de vi<strong>da</strong> do ambiente. A ACS recém-migrante fala do choquecultural entre a vi<strong>da</strong> pobre no interior do Nordeste e a vi<strong>da</strong> violenta naperiferia <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de. Os colegas tecem soluções individuais: fechar-se emsi mesmo, voltar-se à religião, calar as emoções. A crueza do que se vêe a impotência frente à <strong>com</strong>plexi<strong>da</strong>de <strong>dos</strong> problemas vão escurecendo osolhares e endurecendo os sentimentos.Ao mesmo tempo, quando percebi<strong>dos</strong> <strong>com</strong>o legítimos representantes doescasso poder público local, aos ACS chegam pedi<strong>dos</strong> que transcendem suasfunções e, diante <strong>da</strong> não-resposta deseja<strong>da</strong>, passam a ser vistos <strong>com</strong>o in<strong>com</strong>petentese desnecessários. Reação irrefleti<strong>da</strong>, que se reverte à medi<strong>da</strong> que apopulação vai entendendo melhor o campo de atuação do PSF (mas não semantes causar mais sentimento de impotência e mais frustração para o ACS).Raiva e pie<strong>da</strong>de se acumulam e recaem no cotidiano <strong>dos</strong> ACS nassituações em que ora se oferece até o que é <strong>da</strong> sua vi<strong>da</strong> particular (caso<strong>da</strong> ACS que tira <strong>com</strong>i<strong>da</strong> de sua mesa para <strong>da</strong>r à família necessita<strong>da</strong>), orase apela para a ignorância, quando o assunto é desaforo (caso <strong>da</strong> ACS quebriga na rua <strong>com</strong> quem quer que a ofen<strong>da</strong>).Vi<strong>da</strong> pessoal e atitude profissional em muitos momentos se confundem,e definir os limites do que é uma atitude acolhedora ou uma defesa à147

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