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Anais de Congresso Cientifico 2014 - Unirp

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XI CONGRESSO CIENTÍFICO<br />

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160<br />

A CRISE ECONÔMICA E FINANCEIRA INTERNACIONAL<br />

DE 2007/2008 E SEUS IMPACTOS SOBRE A ECONOMIA BRASILEIRA<br />

ANAIS <strong>2014</strong><br />

ISSN 2316-7629<br />

Luciana Márcia Vieira Del Ré<br />

Ary Ramos da Silva Júnior<br />

O ponto <strong>de</strong> partida é a profunda mudança sofrida pelo Sistema Financeiro Internacional<br />

em <strong>de</strong>corrência dos atentados terroristas <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2001 na<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Nova Iorque. Após os atentados, o que salvou a economia não foi o<br />

livre jogo das forças <strong>de</strong> mercado, mas sim a injeção maciça <strong>de</strong> recursos financeiros<br />

no sistema e uma bem coor<strong>de</strong>nada redução <strong>de</strong> juros por todos os bancos<br />

centrais dos países avançados, iniciativas levadas a efeito pelo “Fe<strong>de</strong>ral Reserve”,<br />

o Banco Central dos Estados Unidos. O excesso <strong>de</strong> liqui<strong>de</strong>z nos mercados<br />

estimulou o crescimento do mercado imobiliário, os bancos aumentaram os financiamentos<br />

para moradias, criando hipotecas lastreadas em <strong>de</strong>rivativos negociáveis<br />

no mercado financeiro, surgindo, com isso, instrumentos sofisticados<br />

para securitizar antigas dividas, isto é, transformando-as em títulos livremente<br />

negociáveis que passaram a ser vendidos para outros bancos, instituições financeiras,<br />

companhias <strong>de</strong> seguros e fundos <strong>de</strong> pensão pelo mundo á fora. Quando a<br />

Reserva Fe<strong>de</strong>ral, em 2005, aumentou a taxa <strong>de</strong> juros para tentar reduzir a inflação,<br />

o preço dos imóveis caiu, tornando impossível seu refinanciamento para os<br />

clientes, que se tornaram inadimplentes. Os títulos <strong>de</strong>rivativos se tornaram impossíveis<br />

<strong>de</strong> ser negociados a qualquer preço, o que <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ou um efeito<br />

dominó, fazendo balançar o sistema bancário internacional, a partir <strong>de</strong> agosto<br />

<strong>de</strong> 2007, formando assim o estouro <strong>de</strong> uma bolha imobiliária nos Estados Unidos.<br />

As exportações mais afetadas foram as <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> transporte e<br />

veículos, enquanto os componentes menos afetados pela crise foram o consumo<br />

das famílias e do governo que apresentaram taxas <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong> 4,05% e<br />

3,69%. A crise constrangeu o Brasil que precisou usar alguns instrumentos heterodoxos<br />

para conter os efeitos da crise, tais como, o aumento da intervenção do<br />

Estado na economia, redução <strong>de</strong> impostos, tudo isso para impedir que o país<br />

entrasse em uma recessão que <strong>de</strong>primisse os indicadores econômicos.<br />

Palavras-chave: Crises financeiras. Créditos. Bancos. Mercados financeiros.<br />

Retração econômica. Governos.<br />

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