Marta <strong>de</strong> OliveiraHomem do seu tempo, nele confluem e se sobrepõem todos os elementosque a contemporanei<strong>da</strong><strong>de</strong> amadurece no próprio seio.A <strong>obra</strong> é expressão <strong>de</strong> um tempo actual, num espaço on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>senhamos homens e as coisas, num discurso orientado para o social, i<strong>de</strong>ológicoe cultural. O di<strong>da</strong>ctismo <strong>da</strong> na<strong>rra</strong>tiva <strong>de</strong>ixa-nos uma espécie <strong>de</strong>pe<strong>da</strong>gogia não <strong>de</strong>clara<strong>da</strong>, mas inteligentemente expressa.Conta-se que o pintor Bonnard, ao visitar amiú<strong>de</strong> os museus on<strong>de</strong> estavamexpostos quadros <strong>da</strong> sua autoria, aproveitando as distrações dosguar<strong>da</strong>s, retocava-os pela cala<strong>da</strong>, permanentemente insatisfeito.Também nós fomos mu<strong>da</strong>ndo e revisitando pontos <strong>de</strong> abor<strong>da</strong>gem e aspectos,tentando uma <strong>leitura</strong> mais clara e clarificadora <strong>da</strong> nossa abor<strong>da</strong>gem.Providos do astrolábio <strong>de</strong> conhecimentos a aprofun<strong>da</strong>r, tentamos,<strong>de</strong>sta forma, empreen<strong>de</strong>r uma caminha<strong>da</strong> pelo horizonte mágico <strong>da</strong> na<strong>rra</strong>tivaangolana, don<strong>de</strong> recebemos o muito que ain<strong>da</strong> temos para apren<strong>de</strong>r.Escutamos e vivenciamos os sons projectados nas diversas páginas,que constituem a <strong>obra</strong> <strong>de</strong> um dos autores <strong>da</strong> fecun<strong>da</strong> Literatura angolana.A viagem foi aliciante! Enfrentámos ventos contrários e outros <strong>de</strong>feição. Resta-nos, portanto, a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> continuar a nossa caminha<strong>da</strong>(e que melhor forma do que a Literatura <strong>de</strong> Manuel Rui para fazê-lo?)pelos inúmeros portos que a na<strong>rra</strong>tiva e nação angolana <strong>de</strong>sven<strong>da</strong>m.154E-book CEAUP 2007
<strong>Na</strong>(<strong>rra</strong>)ção satírica e humorística: uma <strong>leitura</strong> <strong>da</strong> <strong>obra</strong> na<strong>rra</strong>tiva <strong>de</strong> Manuel RuiBIBLIOGRAFIA“Il est bien possible que le livre doive sonexistence précisément à ce défaut d´unegran<strong>de</strong> bibliothèque spécialisée ; si j´avaisen mesure <strong>de</strong> m´informer <strong>de</strong> tout ce qui a étépublié sur tant <strong>de</strong> sujets, je n´aurais peut-êtrejamais pu commencer à l´écrire”.Eric AuerbachI. Bibliografia activaA. CorpusRUI, Manuel, Crónica <strong>de</strong> Um Mujimbo, Porto, UEA. 1989.Quem me <strong>de</strong>ra ser on<strong>da</strong>, Lisboa, Edições Cotovia. 1982.1 Morto & Os Vivos, Lisboa, Cotovia, 1993.B. Elementos complementaresRUI, Manuel, O manequim e o piano, Lisboa, Cotovia, 2005.Um Anel na areia, Lisboa, Cotovia, 2002.Saxofone e Metáfora, Lisboa, Cotovia, 2001.Da palma <strong>da</strong> mão, Lisboa, Cotovia, 1998.Rioseco, Lisboa, Cotovia, 1997.Memória <strong>de</strong> Mar, Lisboa, Edições 70, 1980.Sim Camara<strong>da</strong>! Lisboa, Edições 70, 1977.Regresso Adiado, Lisboa, Plátano Editora, 1974.1552007 E-BOOK CEAUP
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