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Na(rra)ção satírica e humorística: Uma leitura da obra narrativa de ...

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<strong>Na</strong>(<strong>rra</strong>)ção satírica e humorística: uma <strong>leitura</strong> <strong>da</strong> <strong>obra</strong> na<strong>rra</strong>tiva <strong>de</strong> Manuel Ruisentimento colectivo. E a gaita é que os mujimbos vão quase sempre <strong>da</strong>r àver<strong>da</strong><strong>de</strong> (...).Ca<strong>da</strong> sujeito receptor do mujimbo enten<strong>de</strong>-o primeiro como um quase<strong>de</strong>terminismo, vai mesmo acontecer! Essa é a primeira fase (...) <strong>Na</strong> segun<strong>da</strong>fase <strong>da</strong> dialéctica do mujimbo, a generali<strong>da</strong><strong>de</strong> do sujeito receptor assume-oa partir <strong>de</strong> tal <strong>de</strong>terminismo. Então passa a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r os conteúdos veiculadospelo mujimbo. (...) a melhor gue<strong>rra</strong> contra o mujimbo é forjar outromujimbo(...).(...) A <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> altura é uma exigência. Porque é uma necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>.Há já uma consciência social”.(pp. 100-102)<strong>Na</strong> trama ficcional, a semântica do segredo, conhecedor <strong>de</strong> diferentesterminologias e atributos: “secreto”, “sigilo”, “confi<strong>de</strong>ncial” (Feijó);“disso”, “<strong>da</strong>quilo” (204) (sobrinho <strong>de</strong> Feijó); “novi<strong>da</strong><strong>de</strong>”, “algo que aconteceumesmo” (Joaninha); “aquilo que eu li nos jornais” (Kitas); “gran<strong>de</strong>mujimbo” (Kino); “aquilo”, “isso” (operador do bê-bê-xis); “mujimbo”(Leninegrado); “segredo orgásmico”, “dialéctico” (Adérito); “trampado segredo” (Lun<strong>da</strong>mo) assumido como segredo, termina <strong>de</strong>sta forma(nunca, leitores, saberemos <strong>de</strong> que segredo se trata!). Confirma-se,assim, a contradição contrariando-a:“Contradição? Nem mais, na contradição é que se anuncia a síntese”.(p. 56)Adérito aponta a semântica do segredo como circular. O discursoserá resumido, assim, pelo seu interlocutor, Lun<strong>da</strong>mo:“Pela tua equação elabora-se um círculo on<strong>de</strong> todos sabem, mas ninguémdiz a ninguém e uns já disseram aos outros. Absurdo”.(p. 34)83Ao que Adérito retorque:“Absurdo não Dialético. Repara: saber e não saber porque se sabe”.(p. 34)204Os vocábulos utilizados (“isto”; “isso”; “aquilo”...) transmitem o distanciamento do sujeito enunciador.2007 E-BOOK CEAUP

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