Marta <strong>de</strong> Oliveirasemelhantes às que i<strong>de</strong>ntificam as gran<strong>de</strong>s ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> África ao Sul doSara” (29) (Lopes:2000:104) (30) .Embora se tenha registado, a partir <strong>de</strong> 2002, um regresso <strong>da</strong>s pessoasinternamente <strong>de</strong>sloca<strong>da</strong>s (IDPs) (31) aos seus lugares <strong>de</strong> origem, estesfazem-no sem as condições básicas necessárias. <strong>Na</strong> maioria <strong>da</strong>s áreas, osserviços quase não existem, inclusive água, serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, escolas ouadministração civil.De facto, a condição sine qua non para o <strong>de</strong>senvolvimento só seriaalcança<strong>da</strong> a 4 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2002, nesta altura o país conhece o ver<strong>da</strong><strong>de</strong>irosignificado do vocábulo paz, fruto dos entendimentos <strong>de</strong> Luena.Com efeito, <strong>de</strong> 1975 a 2002, o território viveu o seu dia-a-dia com osom interminável <strong>da</strong> gue<strong>rra</strong>: <strong>de</strong> angolanos contra angolanos e <strong>de</strong> interessesestrangeiros diversos.Depois <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> colonização, trinta anos <strong>de</strong> gue<strong>rra</strong> civilpós-colonial, uma corrupção vigente, <strong>de</strong>ver-se-á aten<strong>de</strong>r às necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>sbásicas, reais e necessárias <strong>da</strong>s populações, escrever no livro <strong>da</strong> Humani<strong>da</strong><strong>de</strong>uma nova História/estória <strong>de</strong> esperança.Sabemos muito bem que a História Africana não começou no séculoXV, nem muito menos em 1884, o mosaico já existia, o arco-íris africanojá possuía as suas tonali<strong>da</strong><strong>de</strong>s próprias, que, infelizmente, os europeusnão souberam respeitar.Durante anos, as algemas <strong>da</strong> opressão impeliram o país para o lugar<strong>de</strong> fundo no <strong>de</strong>senvolvimento mundial.Actualmente, as questões que se colocam são diversas: será a utopialibertária <strong>de</strong> que Manuel Rui (1992) nos fala em Quem me <strong>de</strong>ra ser on<strong>da</strong>3229Macharia (Op. cit. Lopes: 2000: 104) i<strong>de</strong>ntifica os traços problemáticos <strong>de</strong>stas ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s: “eleva<strong>da</strong>staxas <strong>de</strong> crescimento populacional, informalização, sobre-urbanização, estagnação económica, níveiselevados <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego e subemprego, proliferação dos assentamentos informais não planeados, ausênciae <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> infra-estruturas e equipamentos sociais, sistemas <strong>de</strong> transportes e comunicaçõesinsuficientes e ineficientes, congestionamento do tráfego, níveis acentuados <strong>de</strong> poluição, ruralização dosmodos <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> suburbanos, etc”. Lopes, Carlos Manuel Mira Godinho F., “Luan<strong>da</strong>, Ci<strong>da</strong><strong>de</strong> Informal? Estudo<strong>de</strong> caso sobre o bairro Rocha Pinto”, in Actas do VI Congresso Luso-Afro-Brasileiro <strong>de</strong> Ciências Sociais.As Ciências Sociais nos Espaços <strong>de</strong> Língua Portuguesa: Balanços e <strong>de</strong>safios, Vol. I, Porto, Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Letras<strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Porto, 2000.30Lopes, Carlos Manuel Mira Godinho F., “Luan<strong>da</strong>, Ci<strong>da</strong><strong>de</strong> Informal? Estudo <strong>de</strong> caso sobre o bairroRocha Pinto”, in Actas do VI Congresso Luso-Afro-Brasileiro <strong>de</strong> Ciências Sociais. As Ciências Sociais nosEspaços <strong>de</strong> Língua Portuguesa: Balanços e <strong>de</strong>safios, Vol. I, Porto, Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Letras <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> doPorto, 2000.31Op. cit. Steinberg et Bowen (s/d).E-book CEAUP 2007
<strong>Na</strong>(<strong>rra</strong>)ção satírica e humorística: uma <strong>leitura</strong> <strong>da</strong> <strong>obra</strong> na<strong>rra</strong>tiva <strong>de</strong> Manuel Ruiexequível? Ou será esta mera espuma esvaneci<strong>da</strong>? El Dorado procurado,mas não alcançado? Sonho ilusório? Reali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> pesa<strong>de</strong>lo? Po<strong>de</strong>mosver a Sara e o Sábio, <strong>de</strong>scritos por Pepetela (1992), na socie<strong>da</strong><strong>de</strong> angolana?Conseguirão os angolanos alcançar a utopia do <strong>de</strong>senvolvimento?Ou este constituir-se-á como um mito ilusório?A História respon<strong>de</strong>r-nos-á!332007 E-BOOK CEAUP
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