affonso augusto da costa - 1899 - Faculdade de Direito da UNL
affonso augusto da costa - 1899 - Faculdade de Direito da UNL
affonso augusto da costa - 1899 - Faculdade de Direito da UNL
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Net11 obsta a circnmstancia cle, 1x0s terlnos do art. 74."<br />
## 7.0 e 8.Qla carta constitucional, do art. 126.0 11." 2.0 e<br />
$5 2.; ,R." e 4.0 do codigo peual, etc., o rei ~01110 po<strong>de</strong>r<br />
motleraclor ter o di7'Fito cle gracn em sentido lato, co~npre-<br />
ilenilendo o pc~.dCo total ou parcial <strong>da</strong> pciia, o i7ld,/ilta c n<br />
fl/ll/t/'~~fi/~.<br />
N%o 110s proponclo discutir arlui os fu~l<strong>da</strong>mentos d'essa<br />
lvcrogativa ', apenas consignaremos qne por nleio cl'ella o<br />
rci 1180 participa, conlo yu<strong>de</strong> suppor-se: do cxercicio <strong>da</strong><br />
frulcpzo ji~rli~~a~~a r~~i1iiilia1. Pelo contl.~rio:. entr~. a, jl~st,iqa<br />
e n clc~~iencia ha, do certo ~i~oclo, uma opposlpTio: e os<br />
criterios n quc mutt c uutra <strong>de</strong>vcnl obc<strong>de</strong>cer sgo totall~iento<br />
tli roiasos c p0r -rezes contratl~ctorios.<br />
E.' nssjnl que o direito <strong>de</strong> perdoar se ~nautem na m8o<br />
clos chcfes do Estado ile todos os povos livres, ai~lcla os<br />
n~ais avi~llpnrlos, em attcn@io a nlm conjnacto dc rasaes <strong>de</strong><br />
convoniei~cia e rle opportonirlacle, entre as quaes avnlta,<br />
segarameiite, a <strong>de</strong> que uma lei; pur luais eiluitativos e<br />
l~tul~anitarios qne sejn~n os scus int~dtos, 1150 po<strong>de</strong>rti<br />
scmpl-e obstar a, rlnc, em certos casos especiaes, a sl~s<br />
apl1licay8o resulte excessira: e sendo porisso necessario qne<br />
en1 circ~ulnstancias t5o <strong>de</strong>licaclas baja u111 po<strong>de</strong>r! que,<br />
1150 clepe~icle~ido tlo jtlilicial uem o domina~ldo, possa<br />
l~'utnptn,~~~cnte iml~edis on repn.riw ntnn pu~11ic;S.o reputads<br />
otiiosa pelo espirito pitblico 2.<br />
1 flll~:\~l)n, obr cit ! 11." 281, p. 177-178.<br />
2 l'o<strong>de</strong>, pol eseml>lo, suece<strong>de</strong>r, diz ORL~NDO, que a consciencia<br />
[)i~lntl:~r<br />
a ]IIILII~B~ ~l'uln cult0 d~licto 011 a<br />
j:~ UGJ julg~u: ~q~porto~la<br />
apl~lico~&o d'llilla dniln peun; em tnl caso. antes lue a obra leglslatlva<br />
~(!IIII:L 1)oi111111 tl.:lcl~i~ir ussc 'ii:~~ti~~ie~ito rill l('ir 6 n11pi~1.t1ino rpe, ain<strong>da</strong> s6<br />
na durid;~, n eslstellcin (I'arlnelle se~iti~iie~lto popular lnflua cln benef~cio<br />
do coudr,~nu;~~lr~. -E Irni,d n ro~iseg~i~ aa<strong>da</strong> conlo o rlJ.eito $8 gmpn, qtle<br />
nli;is 6 tno~bem nt~lissimo em ciic~~~listniicias q~ie eexijalli n ncallnaq5o<br />
dns paisicus pollt~cns ~ned~antc a n~?~/~istin para 09 pretenses <strong>de</strong>l~ctos<br />
],or PIIILS ~ll'tl'l~lllllln~lli~. ('tl'.<br />
DlVISi\O DOS ORG. POLITICOS E AIITON. DO JUDlClARlO 39<br />
Yo<strong>de</strong>n~os, pois, dizer que o chefe do Estarlo nLo intervem<br />
na fui~cplo jndicinria ne~n tira ao reSpectico organismo a<br />
menor parcella <strong>da</strong> sua caracteristica antonomia. , ,, ,J<br />
E' vor<strong>da</strong><strong>de</strong> gne a carta constitucional, nos artt. 7Ci,.JXJ-<br />
" $ 3 , L I,<br />
7&? n." 6.O e 121.", e 'diversas lcis rcgulamcnta;l.cs nas,<br />
correspon<strong>de</strong>ntes disposipiies, d2o ao rei como cl~efe dos<br />
po<strong>de</strong>res executivo e mo<strong>de</strong>rador as attribuipaes <strong>de</strong> nomear,<br />
promover, transferir!, suspen<strong>de</strong>r,. aposentar, <strong>de</strong>mittir, etc., os<br />
diversos fuucciouaTios jndiciacs, o qne pareco cnvulver tuna<br />
sensivel rliniinnic;ii,o na. antol-iomia do po<strong>de</strong>r jndir.ia.rio. TC'<br />
poreln <strong>de</strong> notar qne, como dlz -urn escriptor, ell1 qualquer<br />
or<strong>de</strong>m cle fancqi)es, o modo clue se adopts para a norneayiio<br />
suspeuslo, <strong>de</strong>niissSo, etc., dos titulares nB,o 6 sento nma<br />
fornla acci<strong>de</strong>ntal, que p6<strong>de</strong> augmentar oou diminair as<br />
garantias do seu recto euercicio, nlas n8o ~nutlar o seu<br />
caracter intrinseco. E tanto qcie os joiees nomcndos pclo<br />
rei colno chefe do po<strong>de</strong>r execntiro sZo inamoviveis, o que<br />
quer dizer qae nlo po<strong>de</strong>ln ser tirados dos sens logares senZio<br />
nos precisos termos dns leis o em condiyaes <strong>de</strong> extre~na<br />
gravi<strong>da</strong>rcla 4, -- e essa, s6 cirmmlstailcia exclue tormiaante-<br />
mente clualquer l<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> supremacia 9.<br />
Teado assiin <strong>de</strong>monstrado o pri~icipio <strong>da</strong> atztonomia<br />
judiciaria e verificddo a wa actaaySio nas instituipkes<br />
politicss naci~na,cs, cnnlpre v6r qrraes siio, no ponto <strong>de</strong><br />
vista scientifico como no do nosso direito, os li~mites d'essa-<br />
-- - -<br />
antonomin, isto 6, -para enipregar a linguagem corrente,-<br />
quaes 550 as relapUes entre o po<strong>de</strong>r judicial e os dois outros<br />
podcrcs (lo Esia.rlo.<br />
1 Gonf. o 2." do cit. art. 108." do rcgimento <strong>de</strong> 2O clc fcrc~eiro<br />
<strong>de</strong> 1894.<br />
2 No logar proprio estl~<strong>da</strong>reillos a orlgem. eaola(.Ao e oondiq:6es dl:<br />
efficacin 11.7. fian~~rooibilirirr<strong>de</strong> dos ~nagstra~los Aqui s6 qneremos<br />
apontal-a coillo galantla suprema <strong>da</strong> nutonom~a do poilc~ jud~c~al.<br />
,Conf. ORLAXDO, obr. clt., 117. VI, cap. I, pag. 209 e segg.