affonso augusto da costa - 1899 - Faculdade de Direito da UNL
affonso augusto da costa - 1899 - Faculdade de Direito da UNL
affonso augusto da costa - 1899 - Faculdade de Direito da UNL
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
senleupas pcla jnstipa, qua~~do n5o l~ouvesse parte qoe<br />
acl:nsitdse oe rerjlleresse ; c - 4) xdlctc~Ea~drms,,Ja ,j~~;tiia:~<br />
qnc, nos mesmos tribunaes, e sob as or<strong>de</strong>ns immediatas<br />
tlos promolo~.es, requereriam e sollicitariam a expedi~3o<br />
<strong>de</strong> t,otlns os processes rjue por parte (la j~lsti~a se<br />
tl.;irtassem, e ~~rincipalmenle os livrnmeatos clos reus<br />
~II;IIII~O ella fossc accus:~dora (artt. 4, 75, 76, 78, 79, 80<br />
e 85).<br />
Teriarn estas cliversns provi<strong>de</strong>ncias vigoraclo no menos<br />
d~rrarite o tempo necessario para clue sc comecasse a nova<br />
orgi1nisac9o ji~tiicial aclopta<strong>da</strong> r~ela ccnlstituieio <strong>de</strong> if3227<br />
De nerrhnm modo. As clisposi$5es cla lei <strong>de</strong> ("Le noverr~bro<br />
d podinn1 comecar a vigorar quando estivessem installa<strong>da</strong>s<br />
:is novas relaekes (art. 108); e a contra-revcjlu~8o absolutisla,<br />
- ane, minando ha muito tempo o edificio mal-segurSo<br />
do coastiiuciorlalismo, afi~~al se <strong>de</strong>elarou, emzv!k,*?$,o<br />
<strong>de</strong> 1823, em to<strong>da</strong> a sua ~lu<strong>de</strong>z e com aberto e formal<br />
1~'oposilo <strong>de</strong> <strong>de</strong>struir to<strong>da</strong> a obra <strong>de</strong> 1820, - impecliu<br />
'<br />
que se fizesse qualquer coisa em tal sentido e mesmo que<br />
se r:oncloisse pralicamenlc a divisBo judicial do territorio,<br />
base indispellsavel do estabelecimento d'essas relaflcs.<br />
0s ~nembros <strong>da</strong>s cbrtes cuustitnintes receberam uma<br />
lic8o cr~iel. A sua longamini<strong>da</strong><strong>de</strong> para corn os represeutanles<br />
dn vellro regimen ia ser-ltics f~~nesta. A sua obra ia ser<br />
lo<strong>da</strong> <strong>de</strong>src:ita ou inutilisa<strong>da</strong>. 0 que estava para se fazer<br />
11ao se fez; o r4ue so tinha j3 effectuado foi <strong>de</strong>strnido.<br />
Assim, as-disyosi~iies relativas a organisae2o <strong>de</strong> tribunaes<br />
especiaes para o julgame~ito e puni~2o clos abusos <strong>de</strong><br />
liher<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> irnprensa foram revoga<strong>da</strong>s pelo <strong>de</strong>creto <strong>de</strong> 12<br />
<strong>de</strong> j~rnho do 1883, quc restabeleceu a-censura previ?,<br />
creilndo provisoriamente cm Lisboa uma commiss2o com-<br />
1w5ta cle cinco membros, c incnmbi<strong>da</strong> <strong>de</strong> celzstirw, <strong>de</strong><br />
hnrn~o~zin covn principios <strong>da</strong> veligicio e'<strong>da</strong> moral, os perlodicns,<br />
anuuncios, proclama~6es e folhetos que tivessem at6<br />
3 folhas dc papel <strong>de</strong> impressxo, - censura que na provi~icia<br />
ORGANIZAQ~O DA JUSTIGA REAL 4 $3<br />
<strong>de</strong>via ser exerci<strong>da</strong> por commiss6es <strong>de</strong> tres membros, estabelecl<strong>da</strong>s<br />
nas terras em que houvesse impensas, - e fixando<br />
a pena <strong>de</strong> 3 mezes <strong>de</strong> prisZo e 6008000 rAis <strong>de</strong> mnlt,a para<br />
os ayctores, editores e impressores, que, sem apl)rova~$o<br />
par escriplo <strong>de</strong> (101s membros, ao meoos, <strong>da</strong>s ditas comrnissijes,<br />
publicassem e ~rnpr~rnissem qnalquer dos menao-<br />
~lados escriptos. -E co~rng~~~gp~~gr~~o~.f~ziam<br />
puQlicar<br />
no eatrangeiro jornaes e folhetos affectos ,I causa liberal,<br />
rernettendo-os e divulgando-os pelo palz, o goveriio absolut~sta<br />
expeiliu o <strong>de</strong>creto <strong>de</strong> 43 cle ~~ovembro <strong>de</strong> 18% em<br />
-.r-,r*aa)l, 5 * ,n*NININI --4<br />
que se [>robilila a assigrlatura d'esses impressos e se<br />
or<strong>de</strong>uava, para a hypothese <strong>de</strong> eventualmeate serem recebiilos,<br />
a sua entrega immediata ao iute~i<strong>de</strong>nte geral <strong>de</strong><br />
policia ou seus agentes, sob pena cle ' Inezes cle prisao e<br />
4808000 reis <strong>de</strong> multa. Esta era <strong>da</strong><strong>da</strong> ao <strong>de</strong>nunciante, sc<br />
o houvesse; e para que n3o faltassem os espiijes, <strong>de</strong>claraw-se<br />
complace~llemente que cis <strong>de</strong>~zzd~zcias sertalrt toma<strong>da</strong>s<br />
em seql-edo, e o nonas do <strong>de</strong>~zzazcicozts sdn~cnle seria calrhecido<br />
qnando elk por escripto assi~n o pev~izittisse.<br />
Havia, porem, ain<strong>da</strong> uma sai<strong>da</strong> : o -docreto dc 12 <strong>de</strong><br />
junho so falava em escriptos ate 3 foIha~I,e~~~,mpresslo ;<br />
n8o scria possivel publicar, no paiz, sen1 <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ncia ile<br />
ceostira, livros que atacassem o regimen absoluto? Era ;<br />
e porisso se expedm u <strong>de</strong>creto <strong>de</strong>_e& InrnLfo <strong>de</strong> 18F4, em<br />
que ~OI restabeieci<strong>da</strong> a auctori<strong>da</strong><strong>de</strong>, quc, por Ici dc 17 <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1794, se tnlha ~onferld0 aos bispos e hme$a<br />
-? ----<br />
do <strong>de</strong>sembargo do pace para a censura dos l~vros e olitros<br />
&criptos-<strong>de</strong> mas tle 3 folbas <strong>de</strong> inipressSo, ccuslira qrie<br />
<strong>de</strong>veria continuar a scr feita pelas regras do alvari~le 30<br />
<strong>de</strong> julbo <strong>de</strong> 1795, embora sem o concurso do salito officio,<br />
que jA 1180 existia.<br />
Nao se restabeleceu, porem, apcnas a ccnsnra. As commissaes<br />
especiaes nas causas clve~s e crimes, laes corn01<br />
<strong>de</strong>vassas, al~aclas, etc., foram mantirlas. 0s proprios previlegios<br />
jurisdiccio~laes foram, cm partc, restaurados. 0<br />
anligo regimen voltou com to<strong>da</strong>s as slias trevas, agora<br />
20