affonso augusto da costa - 1899 - Faculdade de Direito da UNL
affonso augusto da costa - 1899 - Faculdade de Direito da UNL
affonso augusto da costa - 1899 - Faculdade de Direito da UNL
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
1 IIlST. DO OnGAS. JUDlC. PORT. NA SI'CITKDA EPOCHA<br />
No 9 3.O fforam aboli<strong>da</strong>s c cxtinc,tas - . totlas asis.e!1~6es C@<br />
cu18rciqSo (t sem ernbargo clas d~,ay.?,es e concess6cs, qne se<br />
ichirern Mas, pur mais claras, tel.rniuautcs e exuberantes<br />
que scjam as clarlsulas e expressfies com que se ?charem<br />
concel,itlns a; 1.c;oltaudo (lo mesrno 5 que a radical provi-<br />
<strong>de</strong>ncin fu~ tletcrminaila pelo facto tle se l~aver u provado e<br />
~le1lluustraJo, cam repeti<strong>da</strong>s e srlccessivas esperiencias, e<br />
con1 reconliecimellto tle maitos donntarios, que renunciaram.<br />
qtle se~nellia~rlcs iscnq6es <strong>de</strong> correiqfio sfo nn pratica prejndiciar:~<br />
nos rlonatarios e rnirlosas nos p0ros.n<br />
Yos gB 4." e ?."foratn cxtinctas to<strong>da</strong>s qs ouviaoriqs<br />
conceiiitlas aos clonutarios com iseu~io <strong>de</strong> corr.ei@o, e<br />
ain<strong>da</strong> as coocedidns sem isen@o, mas c,nm o direito <strong>de</strong><br />
cullhecimento tlas senteuqas proferi<strong>da</strong>s pelos juizes <strong>de</strong><br />
primeira illstancia uas terras comprehendi<strong>da</strong>s nas suas<br />
cloa~Ges. E no 5 9." estabelecea-se que as appella~bes<br />
d'esses juizes subissern d'entlo em diante para as rela~aes . .<br />
<strong>de</strong> rlistriclo, como qnaesquer oulras.<br />
Ern conseqnetlcia d'estas disposi~8es, <strong>de</strong>termiaaram os<br />
$5 7: e segg. algainas modilica~loes na divislo judiciaria.<br />
Assim :<br />
1)os t~rritorios abraogidos lias ouvidorias formar-se-hiam<br />
coalarcas on c,orrei~Oes novas, se ellas tivessem extensso<br />
suuficicnte para isso ; iluvendo, to<strong>da</strong>via, advertir-se clue em<br />
caso nlgum seriam os territorios ctas novas comarcas os<br />
mesmos <strong>da</strong>s extioctas ouviilorias, - nfo s6 porque os<br />
terrilorios d'estas n8o oram unidos, mas sim dispersos e<br />
distanles tlas capitaes e seus termos, corn grave clesor<strong>de</strong>m<br />
e confnsSo (lo cumprimento <strong>da</strong> jusli~a e com extremo<br />
il~culrimoclo <strong>da</strong>s partes litigautcs, -mas tambem porque<br />
cra preciso evitar qnest6es e rixas por parte dos donatn~<br />
ios, o que sb pb<strong>de</strong> rertlmente conseguir-se corn profun<strong>da</strong>s<br />
a1terac;Gcs d'or<strong>de</strong>m territorial.<br />
Determinava, pois, a lei que se formassem as novas<br />
comarcas, presidjdis,. como as <strong>de</strong>rnais, po,p&o,~,~,~ge~o,~~e,,,s,~<br />
(wj. o 5 f'z' com os territorios, lermos e corlcelllos<br />
proximos a capital e com os que se lhes po<strong>de</strong>ssem annexar<br />
nas circumvisioha~~~as, mesmo qne pertencessem a outras<br />
comarcas ja existentes, conitanto qoe as sk<strong>de</strong>s d'estas<br />
estivessem n~ais dis tan tes.<br />
0s territorios, pertencet~tes As ouvidorias, e que nlao<br />
po<strong>de</strong>ssen~ incluir-se nas novas comarcas pur eslarem rlispersos<br />
on distantes, cahiriam sob a jurisdicC30 <strong>da</strong> comarca<br />
cle clue se achassem mais prnxinios. 0 mesmo :~conIeceria<br />
as ouvidorias <strong>de</strong> area tlo redu~i<strong>da</strong> que nlo pollessem ser<br />
n'ellas crea<strong>da</strong>s comarcas. E, tanlo nos rcstos clas ouvidorias<br />
graa<strong>de</strong>s, conlo nas ouvidorias pequenas, seriam instilniclos<br />
logarcs <strong>de</strong> julzes dc fbra, telldo para isso'sufiiciente terri-<br />
-*-* 0<br />
torio ($5 7.", 8.;, 9.", 10." c I?.").<br />
No § 11." d~zla-se textualmeute: (( E tomanrln em consi<strong>de</strong>ra~lu,<br />
que atgumas <strong>da</strong>s comarcas cla corBa existentes<br />
slo extensas, qne os torregedores d'ellt~s 1130 po<strong>de</strong>m bcm<br />
cumprir com a sua obriga~lo, nem o pnvo haver a jnsti~a<br />
que se llle <strong>de</strong>ve: Or<strong>de</strong>no qrie se reglilenl e reformem os<br />
territorios d'essas comarcas, ou all~lexaodo alguus d~strictos<br />
a outros, ou formdndo-se novas comarcas, romo<br />
parecer conrenrente.~<br />
No 5 1.O foi a mesa do <strong>de</strong>sembargo do pd~o ~ocarl-ega<strong>da</strong><br />
-*--<strong>de</strong><br />
executar,'successivameote, as provl<strong>de</strong>ncias notaveis que<br />
temos resumido. Recommen<strong>da</strong>va se-lhe alli que proce<strong>de</strong>sse<br />
ao regulamento e reforma~fo <strong>da</strong>s comarcas ou<strong>de</strong> e como<br />
fossem convenientes ; e que fizesse apresentar a rainha as<br />
co~lsultas necessarias para ella auctorisar ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s<br />
crea~6es, --hem como as ao11exa~"os <strong>de</strong> concelhos visiilhos<br />
e as separaqfies dos logares dispersos e distarites para se<br />
unirem is comarcas existentes em que se achassem 1.<br />
Nos 17.O e segg. estabelecerarn-se algumas excepciies ;zs provi<strong>de</strong>ncias<br />
<strong>de</strong>creta<strong>da</strong>s. As terras rlas or11e11s m~l~tares, a casa <strong>de</strong> Br a g anca,<br />
a casa on estado <strong>da</strong>s ramhas, a casa do infantado e o nrcebispndo tle<br />
B~aga folm n~llilo ponpndos. As tl~s casas tinham a seu favor a<br />
circurnstanc~a <strong>de</strong> estarem iunlilas na fnniilin real e tle tcrcrrl, ~>01'1$30,<br />
os seus ~nlerrssrs ligados con1 os ria cords Cerlo que, nessas cootl~e<strong>de</strong>s,