affonso augusto da costa - 1899 - Faculdade de Direito da UNL
affonso augusto da costa - 1899 - Faculdade de Direito da UNL
affonso augusto da costa - 1899 - Faculdade de Direito da UNL
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
160 HIST. DO ORGAN. JUDIC. PORT. NA TERCEIHA EI)OCHA<br />
que o bra o anterior, mas resolvendo-se discutir e approvar<br />
<strong>de</strong>11tl.o <strong>de</strong> poucos dias um projecto exclusivamente<br />
respeitanle 4 ~Iisposi~Io e arranjo d: sala e a distribui~2o<br />
dos pares na occasi3o em que Livesse <strong>de</strong> celebsar-se o<br />
proximo julgamento. E assi~n succe<strong>de</strong>t~. Logo em 19'<br />
foram apresenta<strong>da</strong>s, rliscuti<strong>da</strong>s e.apprgv:l<strong>da</strong>s as (( instruc-<br />
CGes provisorias redigi<strong>da</strong>s em artigos para formarem urn<br />
adilitarnento ao regimento interno, e yue <strong>de</strong>viam servir <strong>de</strong><br />
itorma para quando a camara se formasse em tribunal <strong>de</strong><br />
justica D. Depois, na sass20 <strong>de</strong> 26, ain<strong>da</strong> se discutiri se<br />
os bispos, vlsta a sua situa~lo, <strong>de</strong>viam on niio assist~r ao<br />
processo e julgamcuto, o emfim, no d~&~~~;ac$o~,,,dg<br />
2827, a camara dos pares constituin-se pela primeira rrcz<br />
entre 116s como juizo crimillal especialissimo.<br />
46. Tral~all~os Qcorcs dos lribuorcs <strong>de</strong> recurso. --Mas nem<br />
so d'ests, tr~bunal <strong>de</strong> excepqIo se occuparam as citrtes <strong>de</strong><br />
4826-1828. Ellas tsataram ain<strong>da</strong>, e sob mais d'um aspecto,<br />
<strong>da</strong>s magistraturas geraes ou commuas.<br />
Em favor <strong>da</strong> organisa~so e iilstallaq5o do snpremo tribil~~al<br />
<strong>de</strong> justi~a apresentou uma proposta na sessIo <strong>da</strong><br />
camara dos pares <strong>de</strong> 23 .. _<strong>de</strong> -.. novembro - . <strong>de</strong> i82G o CONDE<br />
DA CUNIIA, que <strong>de</strong>sejava se acabasse com o B inutil <strong>de</strong>s:<br />
embargo do pace, que exercia attribui~fies contririas a<br />
casta, e que unicamente servia para augmentar <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nclencias,<br />
embara~os e <strong>de</strong>spezas, pond0 em pratica uma<br />
auctori<strong>da</strong><strong>de</strong> rnaior que a real n,<br />
Apezar d'esta bem fun<strong>da</strong><strong>da</strong> mstaocla, a camara hereditaria<br />
n3o se occupou do supremo tribunal; e a propria<br />
camara clos <strong>de</strong>putados, - que alias t~nha em 20 dr: <strong>de</strong>zembro<br />
<strong>de</strong> 4826, nomeado, para formular o projecto <strong>de</strong><br />
lei contendo o regimento d'esse tribunal, urna cornmiss50<br />
composta cle AN~ONIO CANELLO FORCES<br />
A~rolvro DE AGUIAR e JOAQUIM JOSI? DIT QUEIROZ, - ella<br />
mesmo atravessou to<strong>da</strong>s as sess6es <strong>da</strong> legislatura sem<br />
DE PINA, JOAQUIM<br />
vhr apparecel- tal projecto, e sem tomar qualquer resolucio<br />
ou provi<strong>de</strong>ncia acerca do supremo tribunal <strong>de</strong> jnstica.<br />
0 mesmo nZo aconteceu corn as r.elac;Ges. A commissSo<br />
incnmbi<strong>da</strong> <strong>de</strong> redigir o respecliro project0 era forma<strong>da</strong><br />
pel0~ <strong>de</strong>putados Flc~~crsco MANUEL GRAVITO, JOSI? CAE'TANO<br />
Dl$ PAIVA ~ '~REIRA e ANTONIO VIEIHA TOVAR DL' AI.RIIQUEH-<br />
QUE, quo eonseguirarn apresentar nm born trahalho na<br />
sess2o <strong>de</strong> 17 <strong>de</strong> marpo tle 1827. Por essc projecto, cuja<br />
fonte era manifestamente a lei <strong>de</strong> 12 tle ~lovembro <strong>de</strong> jS22,,<br />
haveria - no contineote do reino, seis Ll.ibunaes,Je se,g!r~<strong>da</strong><br />
Cnu.WY' I,<br />
,<br />
instancia, corn se<strong>de</strong>s em Lishoa, Porto, Miran<strong>de</strong>lla, Vizeu,<br />
Evora e Loule, e-nas ilhas adjacrntes, cluas, corn se<strong>de</strong>s<br />
no Funchal (para a Ma<strong>de</strong>ira e Porto Santo) e em Angra<br />
(para os A~ores). Essas relaeBes seriam totlas eguaes em<br />
gradua~Io e Leriam a al~a<strong>da</strong> civel <strong>de</strong> 9008000 rCis nos<br />
bens rnoveis e <strong>de</strong> 71106000 rAis nos <strong>de</strong> raiz, e a alpa<strong>da</strong><br />
crime correspon<strong>de</strong>nte 5 pena <strong>de</strong> cinco annos <strong>de</strong> dcgl*etlo '<br />
para fora do c~ntioente ou 8 multa <strong>de</strong> SOOfiU00 reis.<br />
Sbmente, pois, acima d'essas qnautias ou peuas e qlle<br />
po<strong>de</strong>ria recorrer-se cle revista para o sliplemo tribunal <strong>de</strong><br />
juslipa (artt. 1, 4 e 10).<br />
0 diploma accrescentava que as rel8~Ges conheceriam,'<br />
por meio do recurso <strong>de</strong> appella~ld, <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as senten~as<br />
civeis proferi<strong>da</strong>s nos juizos <strong>de</strong> primeira instancia, qnando<br />
a causa tivesse valor cxce<strong>de</strong>nte a G01X000 rkis nos hens<br />
rnoveis ou a 1.8d000 rdis nos <strong>de</strong> raiz, e ain<strong>da</strong> <strong>da</strong>s senten-<br />
Gas criminaes em que honvesse qualquer pena nHo pecu-<br />
niaria ou em que esta exce<strong>de</strong>sse a 1%8;000 reis (art. 32);<br />
-D'esta maneira os auctores do <strong>de</strong>creto <strong>de</strong>ixavam tambem<br />
fixa<strong>da</strong>s,as al~a<strong>da</strong>s dos juizes <strong>de</strong> direito <strong>de</strong> primeira instancia,<br />
como ja tinha tambem feito, ernbora corn menos<br />
amplidzo, a cita<strong>da</strong> lei <strong>de</strong> I2 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1822.<br />
0 projecto tillha alguus <strong>de</strong>feitos, mesmo para o tempo<br />
em que era elaborado, taes como o <strong>de</strong> reduzir todos os<br />
recursos e ate contra estes dois <strong>de</strong>feitos, como contra<br />
outros menores, se pronundou, corn voto em separado, o<br />
21