tipografia para livro de literatura infantil - Universidade Federal do ...
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É interessante <strong>de</strong>stacar o que Lins <strong>de</strong>screve, e que já foi aponta<strong>do</strong><br />
anteriormente nessa pesquisa, <strong>para</strong> o fato <strong>de</strong> que muitas vezes o público alvo, neste<br />
caso as crianças, são excluídas <strong>do</strong>s processos meto<strong>do</strong>lógicos <strong>para</strong> a escolha <strong>do</strong> que<br />
é importante e necessário <strong>para</strong> elas mesmas.<br />
Em relação ao papel <strong>do</strong> ilustra<strong>do</strong>r, o autor aponta que há alguns anos atrás,<br />
o ilustra<strong>do</strong>r brasileiro era contrata<strong>do</strong> apenas <strong>para</strong> a elaboração das ilustrações, e<br />
que com a profissionalização <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>, passou a ocupar duas funções, ilustra<strong>do</strong>r<br />
e projetista gráfico, conseguin<strong>do</strong> um controle no resulta<strong>do</strong> final.<br />
É evi<strong>de</strong>nte que em alguns <strong>livro</strong>s a imagem tem o importante papel <strong>de</strong> narrar<br />
uma história, <strong>de</strong>ste mo<strong>do</strong> o ilustra<strong>do</strong>r <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser um “presta<strong>do</strong>r <strong>de</strong> serviço” e<br />
passou a ser co-autor da obra. (Ibid.)<br />
Cor<strong>de</strong>iro (1987) aponta que a <strong>literatura</strong> <strong>para</strong> a criança <strong>de</strong>ve utilizar-se <strong>de</strong> um<br />
vocabulário simplifica<strong>do</strong>, pre<strong>do</strong>minantemente referencial. Devem-se evitar<br />
<strong>de</strong>scrições longas, e sim falar por imagens e situações visíveis, através <strong>do</strong> diálogo e<br />
da narração. Descreve <strong>do</strong> seguinte mo<strong>do</strong>:<br />
O texto <strong>de</strong>ve emergir com toda a sua força, pois só assim o <strong>livro</strong> <strong>infantil</strong> será<br />
impresso a<strong>de</strong>quadamente em termos <strong>de</strong> espaço gráfico. A palavra, bem<br />
trabalhada em termos gráficos, emite sons, cria imagens, diminui ou amplia<br />
espaços, veicula, enfim, o texto em si. E através da palavra que reações<br />
são <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>adas no leitor-criança, embora a criança possua um<br />
horizonte limita<strong>do</strong> <strong>de</strong> palavras. (CORDEIRO, 1987, p. 31)<br />
Lins (2004) sugere que po<strong>de</strong> dividir em categorias o estilo <strong>do</strong> <strong>livro</strong> <strong>infantil</strong>:<br />
<strong>para</strong> as crianças pequenas, em geral, têm muitas cores, são maiores, com muitas<br />
ilustrações e pouca massa <strong>de</strong> texto (figura 23); quan<strong>do</strong> vão crescen<strong>do</strong>, aumenta-se<br />
a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> texto e diminuem-se as ilustrações. Deste mo<strong>do</strong>, pouco a pouco o<br />
<strong>livro</strong> <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser um “agente <strong>de</strong> prazer”, passa a não fazer parte <strong>do</strong> dia a dia das<br />
crianças.<br />
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