tipografia para livro de literatura infantil - Universidade Federal do ...
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A verificação permite ao leitor certificar-se, através <strong>do</strong> sistema estrutura<strong>do</strong><br />
das palavras, sobre a antecipação <strong>do</strong> senti<strong>do</strong> que por ele foi previsto. Em relação à<br />
antecipação, estão alguns fatores como, a experiência com textos escritos e as<br />
experiências <strong>de</strong> vida <strong>do</strong> leitor. Na i<strong>de</strong>ntificação o leitor busca a informação nova,<br />
confirman<strong>do</strong> ou reestruturan<strong>do</strong> as hipóteses previamente intuídas, ou seja, a leitura<br />
é sempre um processo pontual e seletivo. Portanto, <strong>para</strong> ele não se ensina à criança<br />
o que é ler, porque a leitura não é um saber, mas sim uma prática, ou seja, é len<strong>do</strong><br />
que a criança apren<strong>de</strong>.<br />
Entretanto Mialaret (1974) aponta que saber ler não é apenas uma técnica<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>cifração e sim compreen<strong>de</strong>r o que se <strong>de</strong>cifra, ou seja, traduzir em<br />
pensamentos, idéias, emoções e sentimentos. Então, saber ler significa po<strong>de</strong>r tirar<br />
benefícios da civilização e entrar em contato com to<strong>do</strong>s os homens que sabem ler.<br />
O autor ainda aponta que a aprendizagem da leitura é inseparável da<br />
formação <strong>do</strong> pensamento e <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> espírito crítico, sen<strong>do</strong> assim<br />
saber ler constitui o resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> toda uma educação, que nunca po<strong>de</strong> se dar por<br />
terminada.<br />
Foucambert (1994) <strong>de</strong>staca um aspecto que durante a leitura, só é possível<br />
enten<strong>de</strong>r um texto quan<strong>do</strong> previamente já se tem mais conhecimento sobre ele<br />
<strong>do</strong> que nele consta, sen<strong>do</strong> assim <strong>para</strong> compreen<strong>de</strong>r algo, é preciso possuir quatro<br />
vezes mais informações <strong>do</strong> que aquela que se vai procurar.<br />
Na fase <strong>de</strong> aprendiza<strong>do</strong>, o meio <strong>de</strong>ve proporcionar à criança toda a ajuda<br />
<strong>para</strong> utilizar textos “verda<strong>de</strong>iros” e não textos simplifica<strong>do</strong>s <strong>para</strong> adaptá-los às<br />
possibilida<strong>de</strong>s atuais <strong>do</strong> aprendiz, ou seja, não se apren<strong>de</strong> primeiro a ler palavras,<br />
<strong>de</strong>pois frases, mais adiante textos. Entretanto apren<strong>de</strong>-se a ler aperfeiçoan<strong>do</strong>-se,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início, mobilizan<strong>do</strong> o “conheci<strong>do</strong>” <strong>para</strong> reduzir o <strong>de</strong>sconheci<strong>do</strong><br />
(FOUCAMBERT, 1994).<br />
Para Moraes (1994) além <strong>do</strong> conhecimento prévio das palavras, <strong>para</strong><br />
apren<strong>de</strong>r a ler utiliza-se até o conhecimento <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, experiência pessoal, mas<br />
também estes processos e conhecimentos atuam quan<strong>do</strong> é compreendida a<br />
linguagem falada.<br />
Para finalizar sobre como funciona o processo <strong>de</strong> leitura, Jouve (2002),<br />
assim como Barbosa (aborda<strong>do</strong> anteriormente), traduz que a leitura é antes <strong>de</strong><br />
qualquer coisa, um ato concreto, observável e que nenhuma leitura é possível sem<br />
um funcionamento <strong>do</strong> aparelho visual e <strong>de</strong> diferentes funções <strong>do</strong> cérebro. “Ler é,<br />
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