tipografia para livro de literatura infantil - Universidade Federal do ...
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3.4 A PERCEPÇÃO DA LEITURA<br />
Nesta pesquisa serão analisa<strong>do</strong>s apenas os aspectos relaciona<strong>do</strong>s à<br />
legibilida<strong>de</strong>, porém é importante <strong>de</strong>stacar todas as fases que constituem o processo<br />
da leitura. Nesta etapa, será <strong>de</strong>scrito o processo <strong>de</strong> percepção, que constitui uma<br />
etapa importante da leitura.<br />
A percepção da leitura esta relacionada à leiturabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s textos. Mais a<br />
frente serão aponta<strong>do</strong>s alguns conceitos relaciona<strong>do</strong>s à leiturabilida<strong>de</strong>. O processo<br />
da percepção consiste em: estímulo, pre<strong>para</strong>ção <strong>para</strong> resposta e resposta,<br />
entretanto é importante <strong>de</strong>stacar que apesar <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> leitura seguir este<br />
padrão, <strong>de</strong>ve-se reconhecer que a leitura <strong>de</strong> palavras envolve processos que são<br />
diferentes da percepção <strong>de</strong> outros objetos visuais. (RUMJANEK, 2009, p. 20)<br />
Para Jouve (2002), após o leitor perceber e <strong>de</strong>cifrar os signos, ele tenta<br />
enten<strong>de</strong>r <strong>do</strong> que se trata, ou seja, a conversão das palavras em elementos <strong>de</strong><br />
significação supõe um importante esforço <strong>de</strong> subtração. Esta compreensão po<strong>de</strong><br />
ser mínima, somente sobre a ação <strong>do</strong> curso, ou po<strong>de</strong> ser que o leitor esteja<br />
preocupa<strong>do</strong> em chegar ao fim, sen<strong>do</strong> assim a ativida<strong>de</strong> cognitiva serve-lhe <strong>para</strong><br />
progredir rapidamente.<br />
Ainda <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o autor, <strong>para</strong> as crianças a percepção que ocorre no<br />
processo <strong>de</strong> leitura é distinta <strong>do</strong>s leitores fluentes, por causa <strong>de</strong> seu repertório<br />
limita<strong>do</strong>, a leitura envolve menos reconhecimento visual e mais operações <strong>de</strong><br />
análise e síntese.<br />
Vale lembrar que a leitura das crianças é feita pela <strong>de</strong>cifração das letras.<br />
Sen<strong>do</strong> assim <strong>de</strong>ve-se levar em consi<strong>de</strong>ração o universo <strong>infantil</strong> e como este se<br />
relaciona com o processo <strong>de</strong> leitura. (RUMJANEK, 2009, p.1).<br />
Para Barbosa (2001), a percepção e o esforço <strong>para</strong> compreensão da leitura<br />
implicam alguns riscos, ou seja, há sempre uma possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> erro. Aponta que<br />
evitar erros reduz as chances <strong>de</strong> acertos e <strong>de</strong> boas <strong>de</strong>cisões e que errar é condição<br />
<strong>para</strong> apren<strong>de</strong>r e ler.<br />
De acor<strong>do</strong> com ele: “O hábito <strong>de</strong> oralização integral <strong>do</strong> texto, palavra por palavra, é<br />
uma tentativa <strong>do</strong> leitor precavi<strong>do</strong> <strong>de</strong> não correr o risco <strong>de</strong> errar; assim fazen<strong>do</strong>, ele prefere correr o<br />
risco <strong>de</strong> não compreen<strong>de</strong>r” (BARBOSA, 1991, p. 120.).<br />
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