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tipografia para livro de literatura infantil - Universidade Federal do ...

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3.2 HISTÓRIA SOCIAL DA LEITURA<br />

Antes <strong>de</strong> apontar a importância da leitura, como ela é realizada, e até como<br />

é seu processo <strong>de</strong> aprendizagem é importante <strong>de</strong>stacar o surgimento da circulação<br />

da leitura como um aspecto cultural <strong>de</strong> fácil acesso e seus aspectos sociais.<br />

Zilberman (1985) aponta que a universalida<strong>de</strong> <strong>do</strong> ato <strong>de</strong> ler provém <strong>do</strong> fato<br />

<strong>de</strong> que to<strong>do</strong> indivíduo está <strong>de</strong> alguma maneira liga<strong>do</strong> a ele, a partir <strong>de</strong> estímulos da<br />

socieda<strong>de</strong> e da vigência <strong>de</strong> códigos que se transmitem por intermédio <strong>de</strong> um<br />

alfabeto.<br />

A consolidação <strong>de</strong> um público leitor que se converte em um merca<strong>do</strong> ativo e<br />

exigente, a partir <strong>do</strong> século XVIII, é talvez, o fenômeno cultural mais impressionante<br />

a caracterizar a socieda<strong>de</strong> oci<strong>de</strong>ntal <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então. Pois ele acrescenta uma mudança<br />

radical no processo <strong>de</strong> circulação da cultura, sen<strong>do</strong> assim po<strong>de</strong> ser adquirida por<br />

qualquer cidadão, ou seja, torna-se <strong>de</strong>mocrática e popular.<br />

Para a autora, a escola <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o século XVIII sofre uma transformação em<br />

<strong>de</strong>corrência da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocupar a infância durante esta etapa da vida e,<br />

simultaneamente, informá-la <strong>de</strong> um saber <strong>para</strong> momentos futuros. Po<strong>de</strong>-se afirmar<br />

que a instituição se transforma no intermediário entre a criança e a cultura, utilizan<strong>do</strong><br />

como ponte entre os <strong>do</strong>is a leitura.<br />

É interessante <strong>de</strong>stacar as razões <strong>de</strong> a leitura estar em primeiro plano, em<br />

<strong>de</strong>trimento <strong>de</strong> outras modalida<strong>de</strong>s, como a percepção e representação da realida<strong>de</strong>,<br />

passan<strong>do</strong> a ser a porta <strong>de</strong> entrada <strong>para</strong> o conhecimento. Três acontecimentos<br />

importantes são reconheci<strong>do</strong>s:<br />

Dar acesso à leitura significou estimular uma indústria nascente<br />

– a <strong>tipografia</strong> - que estava se <strong>de</strong>senvolven<strong>do</strong> bastante no perío<strong>do</strong> e <strong>de</strong>scobria<br />

formas específicas <strong>de</strong> impressão, tais como o <strong>livro</strong>, o jornal, o folhetim;<br />

A tradição <strong>do</strong> saber, no Oci<strong>de</strong>nte, a<strong>do</strong>tou o <strong>livro</strong> como o<br />

privilégio <strong>do</strong>s produtos intelectuais e da tradição, em <strong>de</strong>trimento <strong>de</strong> outras<br />

possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> expressão, como, por exemplo, as <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m visual;<br />

O caráter econômico <strong>do</strong> código escrito facilitou a difusão <strong>de</strong>ste.<br />

Para Zilberman (1985), a ação <strong>de</strong> ler caracteriza toda a relação<br />

racional entre o indivíduo e o mun<strong>do</strong> que o cerca.<br />

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