TOMO 1 - CiFEFiL

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Cadernos do CNLF, Vol. XIV, Nº 2, t. 1 421 São inúmeros os exemplos de palavra que cristalizam uma carga cultural diferenciada. Galisson, linguista francês que estudou o tema para explicar o significado acrescido da carga cultural. Como dentro do próprio Brasil existem as diferenças dialetais entre regiões, decorrentes de condições e épocas de implantação da língua portuguesa e de sua imposição como língua veicular, isto pode revelar diferenças de uso. 4. Zonas Dialetais Brasileiras Segundo Antenor Nascentes em O Linguajar Carioca, o falar brasileiro, apesar de sua relativa uniformidade, apresenta variações: a enorme extensão territorial, sem fáceis comunicações interiores quebrou a unidade da língua transplantada, fragmentando-o em subdialetos, contribuindo para isso o modo diferente de povoações das diversas regiões. Vinda da Europa, a língua e a cultura implantaram-se no litoral, formando dois focos de irradiação: São Paulo e Pernambuco. Seguem–se depois, na ordem, a Bahia, o Maranhão e o Rio de Janeiro. São Paulo levou ambas, língua e cultura, a Minas, Goiás, Mato Grosso. Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A Pernambuco coube o papel de divulgá-las na margem esquerda do rio São Francisco que serviu como divisor de falares: em Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, que as levou ao Acre. A Bahia influenciou a margem direita do velho Chico: Sergipe e Espírito Santo. O Maranhão divulgou a língua na Amazônia e o Rio de janeiro, capital da colônia desde 1763, por ter se tornado a língua da corte com a vinda da Família Real, em 1808 teve sua variante considerada, a partir de então o modelo da língua falada no Brasil. Antenor Nascente considerou o dialeto brasileiro dividido em duas zonas norte e sul, dividida em subfalares. No Norte, o amazônico e o nordestino. No sul: baiano, fluminense, mineiro e sulista. Mas, apesar da força atual da mídia, cada um desses subfalares, nos vários estados, vai criando características próprias no léxico. Como isso pode interessar ao publicitário e pode influenciar o mercado?
5. Diferentes usos da unidade Lexical Cadernos do CNLF, Vol. XIV, Nº 2, t. 1 422 Há duas formas de estabelecer a tipologia de diferenças lexicais interdialetais: partindo da palavra ou partindo do referente. São elas: Uma única forma e um único referente Formas múltiplas e um único referente 1. cachaça/pinga. 2. bigu/carona;.kombeiro/perueiro 3. capiongo/tristonho/aperriado Forma única e referentes múltiplos Polissemia: Tampa, trouxa, Diadema/tiara; calção/maiô, pronto 6. Múltiplas formas e único referente bravo/brabo Sutiã/califon/corpinho Múltiplas formas e múltiplos referentes (bomonímia) Manga, fruta; Manga, verbo (só no Nordeste significa zombar). 1. boyzinho/mauricinho-patricinha/boyzinha 2. mandioca/aipim/ macaxeira; laranja cravo, bergamota, tangerina. São sutis as distinções entre as zonas dialetais e como são delicadas as relações semânticas que limitam os campos dialetais 7. Corpus – “O sol trabalha 365 dias por ano e usa sua pele como escritório”, da Episol, loção hidratante, é bem uma peça publicitária de cultura brasileira, coloca em evidência o fato qualidade de ser um país ensolarado. – Liberdade ainda que à tardinha, das sandálias Havaianas, traz à memória do receptor-alvo, a frase-símbolo da Inconfidência Mineira.
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ISSN 1519-8782 XIV CONGRESSO NACION
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5.3. Forma única e referentes múl
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DA CIÊNCIA À DIVULGAÇÃO CIENTÍ
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5.1. O papel do divulgador Cadernos
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DE DIDO À MATRONA DE ÉFESO Amós
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DISCURSOS DE POSSE DOS PRESIDENTES
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4. Sobre os neologismos semânticos
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DISPARIDADES CRÍTICAS SOBRE A OBRA
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1. Introdução DO SILENCIAMENTO DE
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3. Palavras de conclusão Cadernos
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panheira// Tendo noticia de que no
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ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA NA ESC
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ESTRATÉGIAS ARGUMENTATIVAS EM SILV
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974 da pela classe dominante, espec
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976 Não ides pensar, um instante,
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978 cionando, vibrando, e essas mar
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980 sobre sua situação no espaço
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TOMO 1 - CiFEFiL

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