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TOMO 1 - CiFEFiL

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Cadernos do CNLF, Vol. XIV, Nº 2, t. 1<br />

648<br />

Nessa conjuntura, o grande posicionamento deste novo paradigma<br />

vai ser o fato de considerar a ‘linguagem como uma forma de<br />

prática social’ e para tal, é necessário atender a três perspectivas: linguagem<br />

como parte da sociedade (não algo externo a ela); linguagem<br />

como um processo social; linguagem como um processo condicionado<br />

socialmente (FAIRCLOUGH, 1995b, p. 22). Também ela será<br />

norteada por três conceitos básicos: poder, história e ideologia.<br />

As situações de socialização e subjetividades em que os seres<br />

humanos estão inseridos são cruciais para estudos críticos. Pois estes<br />

estudos do discurso requerem teorização e descrição dos processos e<br />

das estruturas sociais, bem como dos processos nos quais os sujeitos<br />

históricos criam sentidos em sua interação com textos (WODAK,<br />

2003). Os textos, para investigação, podem estar inseridos em diversos<br />

contextos, tais como o político, o econômico; "o racismo, a propaganda<br />

e a mídia, e os ambientes institucionais como a burocracia e<br />

a educação” (HANKS, 2008, p. 172, 173).<br />

Para dar suporte a sua análise do texto\discurso, a ACD busca<br />

base teórica na linguística de Halliday, na sociolinguística de Bernstein,<br />

nas obras de críticos literários e também de filósofos sociais<br />

como Pêcheux, Foucault, Harbemas, Bakhtin, e Voloshinov e Giddens<br />

com sua Teoria da Estruturação. Para esta teoria, o sujeito é capaz<br />

de gerar transformações sociais por meio do discurso (o discurso<br />

modela a sociedade e é modelado por ela). Esclarecendo um pouco<br />

mais a Teoria da Estruturação, temos:<br />

Aspectos da Teoria da Estruturação de Giddens (1989) prestam-se à<br />

discussão sobre o papel dos agentes sociais, e seus discursos, na manutenção<br />

e transformação da sociedade. Segundo essa teoria, a constituição<br />

da sociedade se dá de maneira bidirecional, ou seja, há uma dualidade da<br />

estrutura social que a torna o meio e o resultado de práticas sociais (RE-<br />

SENDE & RAMALHO, 2006, p. 41).<br />

Abaixo apontaremos algumas correntes desta escola e destacaremos<br />

a corrente social, com a qual vamos trabalhar neste minicurso.<br />

2.1. Correntes de pesquisa em ACD

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