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TOMO 1 - CiFEFiL

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Cadernos do CNLF, Vol. XIV, Nº 2, t. 1<br />

961<br />

de trabalho, elegem-se, também, os conteúdos gramaticais que serão<br />

trabalhados na mesma unidade. Abre-se, assim, o leque dos gêneros<br />

textuais que poderão fazer parte das leituras eleitas para o mesmo período<br />

e para as propostas de escrita.<br />

As estruturas gramaticais emanadas da sequência textual narrativa,<br />

objeto de análise nas “aulas de gramática”, estarão presentes<br />

em todos os gêneros em cuja constituição tal sequência predominar.<br />

Portanto, o professor poderá transitar entre contos, crônicas narrativas,<br />

fábulas, romances, notícias de jornal, relatos históricos, entre<br />

outros gêneros considerados narrativos, pois o conhecimento adquirido<br />

pelos alunos a partir do conto será naturalmente transposto para<br />

a leitura e a produção dos demais gêneros, graças à semelhança estrutural<br />

que há entre eles – semelhança essa que o professor fará com<br />

que os alunos percebam e usem a seu favor na leitura e na escrita.<br />

Para terminar, vale dizer, ainda, que não é nossa intenção<br />

propor outra terminologia – que os conceitos de gênero, tipo e sequência<br />

textuais aqui tratados podem sugerir –, a ser levada à sala de<br />

aula para se juntar à terminologia gramatical já existente proposta<br />

pela NGB. Quem precisa dominar essa teoria e essa nomenclatura,<br />

além da teoria e da nomenclatura gramatical, é o professor. Conhecendo<br />

tudo isso é que o professor poderá dimensionar o verdadeiro<br />

lugar da Gramática nas aulas de Língua Portuguesa e produzir material<br />

didático adequado para trabalhar o uso da língua, principalmente<br />

na modalidade escrita e na variedade padrão, que é o que a sociedade<br />

espera que a escola faça.<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

ADAM, J. M. Les textes: types et prototypes. Paris: Nathan, 1992.<br />

BAKHTIN, M. Os gêneros do discurso. In: ___. Estética da criação<br />

verbal. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.<br />

BRONCKART, J. P. Atividade de linguagem, textos e discursos: por<br />

um interacionismo sociodiscursivo. São Paulo: Educ, 1999.<br />

DUTRA, Vania L. R. Relações conjuntivas causais no texto<br />

argumentativo. Tese de Doutorado. Rio de Janeiro: UERJ, 2007.

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