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TOMO 1 - CiFEFiL

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Cadernos do CNLF, Vol. XIV, Nº 2, t. 1<br />

690<br />

mesmo espaço discursivo. Nesse sentido, interessa-nos saber quais<br />

os mecanismos linguísticos que entram em cena quando dois discursos<br />

que estão em um mesmo espaço discursivo instauram uma polêmica<br />

entre si. Os textos dos alunos de Letras versando sobre o ensino<br />

de LM como corpus é justificado pelo fato deles apresentarem duas<br />

opiniões diferentes sobre um mesmo assunto – o ensino de português<br />

e mudança de postura diante do fenômeno língua.<br />

Assim, noção de semântica global estrutura-se sobre esse postulado<br />

da existência de uma zona de regularidade semântica a partir<br />

da qual todos os planos da discursividade, como o léxico, os processos<br />

gramaticais, até o modo de enunciação e de organização da comunidade<br />

que enuncia o discurso, estão submetidos ao mesmo sistema<br />

de restrições globais. Esse sistema de restrições é concebido<br />

como um delineador de critérios que, em uma formação discursiva<br />

determinada, distinguem o que é possível ou não de ser enunciado do<br />

interior daquela formação.<br />

5. Palavras finais<br />

Resende e Ramalho (2006, p. 146) destacam que mesmo diante<br />

do fato de a ACD ser uma disciplina relativamente nova no<br />

meio acadêmico “já conta com uma história de desdobramentos à<br />

qual subjaz a intenção de superar possíveis limitações linguísticas<br />

que permeiam trabalhos com textos”. E reforçam a importância do<br />

modelo tridimensional que trabalhamos neste minicurso.<br />

O próprio Rajagopalan (2003) chama a atenção para a necessidade<br />

de que pesquisadores na área de linguística assumam suas<br />

‘responsabilidades perante a sociedade’. Isto se coaduna com o posicionamento<br />

de analistas críticos do discurso. Utilizando as palavras<br />

de Garcia (2003, p. 203): “Fairclough deixa bem clara a sua visão de<br />

que a análise do discurso crítica não se limitará apenas a descrever as<br />

práticas discursivas, mas também propiciará a mudança discursiva e,<br />

portanto, a mudança social. Essa postura é politicamente ativa e ideologicamente<br />

renovadora”.

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