TOMO 1 - CiFEFiL

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3. Palavras de conclusão Cadernos do CNLF, Vol. XIV, Nº 2, t. 1 938 Procuramos evidenciar com este artigo que o Estado, por meio do Estatuto do Índio (Lei 6.001), de alguma forma, ao silenciar as línguas indígenas, contribui para construir uma identidade branca para os povos índios, contribuindo para o apagamento de traços que os identificam não só enquanto indivíduos de povos distintos, mas como sujeitos de tais. Há aqui uma tentativa de enquadrá-los nos padrões e valores da sociedade ocidental e cristã. É importante que, nessa mesma linha de raciocínio, sejam investigados outros documentos, tais como a Constituição Federal de 1988, a fim de buscar compreender como essa relação entre o discurso oficial do Estado produz sentido quando da relação entre línguas, identidades, discursos. Este estudo da legislação indigenista no Brasil não teve pretensões de ser exaustivo. Devido a sua dimensão, ela carece de fôlego e de olhos que ajudem a esmiuçar a legislação enquanto uma prática do discurso da lógica dominante. O mar é grande e, nesse grande mar da legislação indigenista e da história discursiva sobre os povos indígenas brasileiros, fazendo minhas as palavras de Holanda, “sempre o mar ao mar se assemelha, sendo diverso” (1992, p. 19). Foi um risco essa leitura. Porém, mesmo assim, valeu o risco. E sendo ocioso investigar o mar, pegamos só aquilo de que precisávamos. Ademais, adiante, outros textos irão explorar o que este silenciou. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BAGNO, Marcos. O preconceito linguístico: o que é, como se faz. São Paulo: Loyola, 1999. BENVENISTE, Emile. Problemas de linguística geral I. São Paulo: Nacional/EDUSP, 1976. COMISÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO. Lições de Bahetá. São Paulo: CPI-SP, 1983. EAGLETON, Terry. Ideologia. São Paulo: Unesp, 1997.
Cadernos do CNLF, Vol. XIV, Nº 2, t. 1 939 FERREIRA, Aurélio B. de H. Dicionário Aurélio eletrônico: século XXI. Rio de Janeiro: Nova Fronteira/Lexicon Informática, 1999. FOUCAULT, Michel. A arqueologia do saber. São Paulo: Forense Universitária, 1986. ______. A ordem do discurso. 6. ed. São Paulo: Loyola, 1998. GANDAVO, Pero de M. Tratado da terra do Brasil e história da província Santa Cruz. Belo Horizonte Itatiaia; São Paulo: Edusp, 1980. HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 4. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2000. HOLANDA, Lourival. Sob o signo do silêncio. São Paulo: Edusp, 1992. (Criação e Crítica, v. 8) MICHEL-JONES, Françoise. A noção de pessoa. In. AUGÉ, M. A construção do mundo. Lisboa: Edições 70, 1978. MIOTELLO, Valdemir. A questão dos discursos hegemônicos. Primeira Versão, ano I, n. 19, junho, Porto Velho, 2002. NOVO código civil brasileiro. Disponível em: . Acesso em: 5/5/2002. OLIVEIRA, Gilvan M. Política linguística na e para além da educação formal. Estudos linguísticos XXXIV. Campinas: Unicamp, 2005, p. 87-94. Disponível em: http://www.gel.org.br/estudoslinguisticos/edicoesanteriores/4publica -estudos-2005/4publica-estudos-2005.htm. Acesso em: 25/2/2010. ORGANIZAÇÃO Internacional do Trabalho. Convenção 107. Disponível em: . Acesso em: 5/2/2005. ______. Convenção 169. Disponível em: . Acesso em: 25/5/2009.
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ISSN 1519-8782 XIV CONGRESSO NACION
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Círculo Fluminense de Estudos Filo
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SUMARIO 1. A ALUSÃO COMO PROPOSTA
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Muitos ciganos foram perseguidos e
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BOSI, Ecleá. Memória e sociedade
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GAZETA de Noticias. Rio de Janeiro:
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europeu, estabelecendo o que se rec
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Escolaridade 5ª série Ensino Fund
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E a sôfrega avidez dos meus desejo
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Perto de Tebas, junto a um monte, s
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Seduzes, através dos séculos, ser
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A HETEROGENEIDADE DO DISCURSO EM OU
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A ILUSTRE CASA DE RAMIRES ANÁLISE
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ANEXOS Cadernos do CNLF, Vol. XIV,
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A INTERNET NO ENSINO DE ESPANHOL PA
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A QUESTÃO DO MECENATO NA ANTIGUIDA
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TOMO 1 - CiFEFiL

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