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Dissertação completa - Programa de Pós-Graduação em Letras

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primários <strong>em</strong>itidos pelas comunida<strong>de</strong>s reivindicando escolas; pela câmara, legislando <strong>em</strong><br />

favor <strong>de</strong>ssas comunida<strong>de</strong>s; do prefeito, sancionando a lei, <strong>de</strong>terminando os padrões da<br />

construção, <strong>de</strong>stinando verba - que, por sua vez, foi autorizada por crédito específico -<br />

<strong>de</strong>terminando a partir <strong>de</strong> que data a lei entraria <strong>em</strong> vigor, entre outros. Consi<strong>de</strong>rou-se este<br />

contexto <strong>de</strong> produção do enunciado como um entrelaçamento <strong>de</strong> atos <strong>de</strong> fala que ao final<br />

instala a ação performativa da linguag<strong>em</strong> produzindo efeitos transformadores do mundo: a<br />

construção <strong>de</strong> oito escolas.<br />

A Portaria 124/65 (cf. anexo 2), por sua vez, apresenta, além da citação <strong>de</strong> leis que<br />

lhe dão respaldo, um diálogo entre dois sujeitos, interagindo e <strong>de</strong>liberando <strong>em</strong> parceria: o<br />

prefeito e a chefe <strong>de</strong> <strong>de</strong>partamento. Esta interação se comprova através <strong>de</strong> ilocucionários<br />

como: “ O Prefeito (...) resolve:” ; “(...) por proposta da Chefe (...)”, a seguir a resolução<br />

conjunta: “Publique-se e Registre-se”, seguida da assinatura <strong>de</strong> ambos.<br />

Todavia não parece correto afirmar que a análise da performativida<strong>de</strong> da<br />

linguag<strong>em</strong> seja composta apenas da soma, ou do entrelaçamento dos vários ilocucionários<br />

constitutivos <strong>de</strong> cada um dos performativos explícitos analisados. A Resolução 717/80 (cf.<br />

anexo 8) que aten<strong>de</strong> a todos os quesitos formais exigidos <strong>de</strong> um performativo explícito não<br />

incluiu o <strong>de</strong>signado na relação dos ex-diretores do estabelecimento (cf. anexo 1) n<strong>em</strong> no<br />

histórico do estabelecimento, não tendo atingido o sujeito indicado no seu comportamento<br />

subseqüente, isto é, o efetivo trabalho diário no período observado <strong>de</strong> 15/04/80 a 1º /04/81.<br />

O anexo 2, por sua vez, também não revela o apoio dado pela autorida<strong>de</strong> constituída à<br />

iniciativa <strong>de</strong> construção da “Escolinha do Povo” e ao convite às secundaristas <strong>de</strong> continuar<br />

aten<strong>de</strong>ndo a população da “Vila Operária” como professoras primárias.<br />

Conclui-se que a construção formal do performativo explícito não é garantia da<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua construção perfeita, conforme o teste proposto, n<strong>em</strong> o entrelaçamento<br />

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