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Download do Livro - O Grande Conflito

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desconheci<strong>do</strong>s não haveria a oposição de lançá-los? Quem sabe que oportunidades poderá trazer o<br />

futuro? Abrace­mos a paz; agarremos o ramo de oliveira que Roma apresenta e curemos as feridas da<br />

Alemanha. Com argumentos semelhan­tes a estes poderiam os reforma<strong>do</strong>res ter justifica<strong>do</strong> a a<strong>do</strong>ção de<br />

uma conduta que, com certeza, em não muito tempo resul­taria na total destruição de sua causa.<br />

"Felizmente consideraram o princípio sobre o qual aquele acor<strong>do</strong> se baseava, e agiram com fé. Qual era<br />

o princípio? Era o direito de Roma coagir a consciência e proibir o livre exame.<br />

Mas não deveriam eles próprios e seus súditos protestantes go­zar de liberdade religiosa? Sim, como um<br />

favor especialmente estipula<strong>do</strong> naquele acor<strong>do</strong>, mas não como um direito. Quanto a tu<strong>do</strong> que daquele<br />

acor<strong>do</strong> se exteriorizava, deveria governar o grande princípio da autoridade; a consciência estaria fora de<br />

seus <strong>do</strong>mínios; Roma era juiz infalível e deveria ser obedecida.<br />

A aceitação <strong>do</strong> acor<strong>do</strong> proposto teria si<strong>do</strong> admissão virtual de que a liberdade religiosa se devesse<br />

limitar à Saxônia reforma­da; e, quanto ao resto to<strong>do</strong> da cristandade, o livre exame e a profissão da fé<br />

reformada seriam crimes, e deveriam ser cas­tiga<strong>do</strong>s com a masmorra e a tortura. Poderiam eles<br />

consentir em localizar a liberdade religiosa? admitir a proclamação de que a Reforma fizera seu último<br />

converso? que conquistara seu último palmo de terra? e que, onde quer que Roma exercesse seu <strong>do</strong>mínio<br />

naquela hora, ali deveria perpetuar-se esse <strong>do</strong>mí­nio? Poderiam os reforma<strong>do</strong>res alegar que eram<br />

inocentes <strong>do</strong> sangue daquelas centenas e milhares que, em conseqüência des­se acor<strong>do</strong>, teriam que<br />

perder a vida nas terras papais? Isto se­ria trair, naquela hora suprema, a causa <strong>do</strong> evangelho e das<br />

liberdades da cristandade." — Wylie. Antes, sacrificariam ele; "tu<strong>do</strong>, mesmo os <strong>do</strong>mínios, a coroa e a<br />

vida." — D'Aubigné.<br />

"Rejeitemos esse decreto," disseram os príncipes. "Em assun. tos de consciência, a maioria não tenra<br />

poder." Os delega<strong>do</strong>s de clararam: "E ao decreto de 1526 que devemos a paz que o im. pério goza: sua<br />

abolição encheria a Alemanha de perturbaçãos e divisão. A Dieta não tem competência para fazer mais<br />

<strong>do</strong> que preservar a liberdade religiosa até que o concilio se reúna." D'Aubigné. Proteger a liberdade de<br />

consciência é dever <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, e isto é o limite de sua autoridade em matéria de religião. To<strong>do</strong> governo<br />

secular que tente legislar sobre observâncias religiosas, ou impô-las pela autoridade civil, está a<br />

sacrificar o próprio princípio pelo qual os cristãos evangélicos tão nobremente lutaram.<br />

Os católicos romanos decidiram-se a derrubar o que denominaram "ousada obstinação." Começaram<br />

procuran<strong>do</strong> ocasionar divisões entre os sustentáculos da Reforma, e intimidar a to<strong>do</strong>s os que não se<br />

haviam abertamente declara<strong>do</strong> em seu favor. Os representantes das cidades livres foram finalmente<br />

convoca<strong>do</strong>s perante a Dieta, e exigiu-se-lhes declarar se acederiam aos termos da proposta. Pediram<br />

prazo, mas em vão. Quan<strong>do</strong> leva<strong>do</strong>s à prova, quase a metade se declarou pela Reforma. Os que assim se<br />

recusaram a sacrificar a liberdade de consciência e <strong>do</strong> direito <strong>do</strong> juízo individual, bem sabiam que sua<br />

posição os assinalava para a crítica, a perseguição e condenação. Disse um <strong>do</strong>s delega<strong>do</strong>s: "Devemos ou<br />

negar a Palavra de Deus, ou ser queima<strong>do</strong>s." - D'Aubigné.<br />

O rei Fernan<strong>do</strong>, representante <strong>do</strong> impera<strong>do</strong>r na Dieta, viu que o decreto determinaria sérias divisões a<br />

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