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Download do Livro - O Grande Conflito

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compreendia haver ele tomba<strong>do</strong> vítima da perfídia <strong>do</strong>s padres e traição <strong>do</strong> impera<strong>do</strong>r. - Declarou-se ter<br />

si<strong>do</strong> ele um fiel ensina<strong>do</strong>r da verdade, e o concílio que decretou sua morte foi acusa<strong>do</strong> de crime de<br />

assassínio. Suas <strong>do</strong>utrinas atraíam agora maior atenção <strong>do</strong> que nunca dantes. Pelos editos papais, os<br />

escritos de Wiclef tinham si<strong>do</strong> condena<strong>do</strong>s às chamas. Aqueles, porém, que haviam escapa<strong>do</strong> da<br />

destruição, foram agora tira<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s esconderijos e estuda<strong>do</strong>s em conexão com a Bíblia, ou partes dela<br />

que o povo podia adquirir; e muitos assim foram leva<strong>do</strong>s a aceitar a fé reformada.<br />

Os assassinos de Huss não permaneceram silenciosos a testemunhar o triunfo que alcançava a causa <strong>do</strong><br />

reforma<strong>do</strong>r. O papa e o impera<strong>do</strong>r uniram-se para aniquilar o movimento, e os exércitos de Sigismun<strong>do</strong><br />

foram lança<strong>do</strong>s contra a Boêmia.<br />

Surgiu, porém, um liberta<strong>do</strong>r. isca, que logo depois <strong>do</strong> iní­ cio da guerra. ficou completamente cego, e<br />

que no entanto era um <strong>do</strong>s mais hábeis generais de seu tempo, foi o chefe <strong>do</strong>s boê­mios. Confian<strong>do</strong> no<br />

auxilio de Deus e na justiça de sua causa, aquele povo resistiu aos mais poderosos exércitos que contra<br />

eles se poderiam levar. Reiteradas vezes, o impera<strong>do</strong>r, orga­nizan<strong>do</strong> novos exércitos, invadiu a Boêmia,<br />

apenas para ser ver­gonhosamente repeli<strong>do</strong>. Os hussitas ergueram-se acima <strong>do</strong> te­mor da morte, é nada<br />

poderia resistir a eles. Poucos anos de­ pois <strong>do</strong> início da guerra, o bravo Zisca morreu; mas seu lugar<br />

foi preenchi<strong>do</strong> por Procópio, que era um general igualmente bravo e hábil, e nalguns senti<strong>do</strong>s dirigente<br />

mais destro.<br />

Os inimigos <strong>do</strong>s boêmios, saben<strong>do</strong> que morrera o guerreiro cego, conjeturaram ser favorável a<br />

oportunidade para recuperar tu<strong>do</strong> que haviam perdi<strong>do</strong>. O papa proclama, então, uma cruzada contra os<br />

hussitas, e novamente uma imensa força se precipitou sobre a Boêmia, mas apenas para sofrer terrível<br />

desbarato. Segue-se outra cruzada. Em to<strong>do</strong>s os países papais da Europa, reuniram-se homens, dinheiro<br />

e munições de guerra. Congregavam-se multidões sob o estandarte papal, seguras de que afinal se poria<br />

termo aos hereges hussitas. Confiante na vitória, a numerosa força entrou na Boêmia. O povo<br />

arregimentou-se para repeli-Ia. Os <strong>do</strong>is exércitos se aproximaram um <strong>do</strong> outro, até que apenas um rio se<br />

lhes interpunha. "Os cruza<strong>do</strong>s constituíam força grandemente superior, mas em vez de se arremessarem<br />

através da torrente e travar batalha com os hussitas a quem de longe haviam vin<strong>do</strong> a combater, ficaram a<br />

olhar em silêncio para aqueles guerreiros." - Wylie. Então, subitamente, misterioso terror caiu sobre os<br />

solda<strong>do</strong>s. Sem desferir um golpe, aquela poderosa força deban<strong>do</strong>u e espalhou-se, como se fosse dispersa<br />

por um poder invisível. Muitos foram mortos pelo exército hussita, que perseguiu os fugitivos, e imenso<br />

despojo caiu nas mãos <strong>do</strong>s vitoriosos, de maneira que a guerra, em vez de empobrecer os boêmios, os<br />

enriqueceu.<br />

Poucos anos mais tarde, sob um novo papa, promoveu-se ainda outra cruzada. Como antes, homens e<br />

meios foram trazi<strong>do</strong>s de to<strong>do</strong>s os países papais da Europa. <strong>Grande</strong> foi o engo­<strong>do</strong> apresenta<strong>do</strong> aos que se<br />

deveriam empenhar nesta perigosa empresa. Assegurava-se a cada cruza<strong>do</strong> perdão completo <strong>do</strong>s mais<br />

hedion<strong>do</strong>s crimes. A to<strong>do</strong>s os que morressem na guerra era prometida preciosa recompensa no Céu, e os<br />

que sobrevi­vessem haveriam de colher honras e riquezas no campo de ba­talha. De novo se reuniu um<br />

vasto exército e, atravessan<strong>do</strong> a fronteira, entraram na Boémia. As forças hussitas recuaram diante deles,<br />

arrastan<strong>do</strong> assim os invasores cada vez mais longe para o interior <strong>do</strong> país, e levan<strong>do</strong>-os a contar com a<br />

vitória já alcançada. Finalmente o exército de Procópio fez alto e, vol­tan<strong>do</strong>-se para o inimigo, avançou<br />

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