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Download do Livro - O Grande Conflito

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eceber mais luz como o estiveram pare aceitar a que a princípio acolheram." - História <strong>do</strong>s Puritanos, D.<br />

Neal.<br />

"Lembrai-vos de vosso concerto com a igreja, no qual concordastes em andar em to<strong>do</strong>s os caminhos <strong>do</strong><br />

Senhor, já revela<strong>do</strong>s ou por serem ainda revela<strong>do</strong>s. Lembrai-vos de vossa promessa a concerto com<br />

Deus, a de uns com os outros, de aceitar qualquer luz a verdade que se vos fïzesse conhecida pela<br />

Palavra escrita; mss, além disso, tende cuida<strong>do</strong>, eu vos rogo, com o que recebeis por verdade, a<br />

comparai-o, pesai-o com outros textos da verdade antes de o aceitar; pois não é possível que o mun<strong>do</strong><br />

cristão, depois de haver por lento tempo permaneci<strong>do</strong> em tão densas trevas anticristãs, obtivesse de<br />

pronto um conhecimento perfeito em lodes as coisas." - Martyn.<br />

Foi o desejo de liberdade de consciência que inspirou os peregrinos a enfrentar os perigos da longs<br />

jornada através <strong>do</strong> mar, a suportar as agruras a riscos das selves a lançar, com a bênção de Deus, nas<br />

praias da América, o fundamento de uma poderosa nação. Entretanto, sinceros a tementes a Deus comp<br />

eram, os peregrinos não compreendiam ainda o grande princípio da liberdade religiosa. A liberdade, por<br />

cuja obtenção tanto se haviam sacrifïca<strong>do</strong>, não estavam igualmente dispostos a conceder a outros.<br />

"Muito poucos, mesmo dentre os mais eminentes pensa<strong>do</strong>res a moralistas <strong>do</strong> século XVII, tinham exata<br />

concepção <strong>do</strong> grandioso princípio - emana<strong>do</strong> <strong>do</strong> Novo Testa­memo que reconhece a Deus como único<br />

juiz da fé human.." Martyn.<br />

A <strong>do</strong>utrina de que Deus confiara à igreja o direito de reger a, consciência a de definir a punir a heresia, é<br />

um <strong>do</strong>s erros papais mais profundamente arraiga<strong>do</strong>s. Conquanto os reforma<strong>do</strong>res rejeitassem o cre<strong>do</strong> de<br />

Roma, não estavam inteiramente livres de seu espírito de intolerância. As densas trevas em que, através<br />

<strong>do</strong>s longos séculos de <strong>do</strong>mínio, havia o papa<strong>do</strong> envolvi<strong>do</strong> a cristandade inteira, não tinham si<strong>do</strong> mesmo<br />

então completamente dissipadas. Disse um <strong>do</strong>s princïpais ministros da colônia da Baía de<br />

Massachusetts: "Foi a tolerância que tornou o mun<strong>do</strong> anti-cristão; e a igreja nunca sofreu dano com a<br />

punição <strong>do</strong>s hereges." - Martyn. Foi a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> pelos colonos o regulamento de que apenas membros da<br />

igreja poderiam ter voz ativa no governo civil. Formou-se uma espécie de Esta<strong>do</strong> eclesiástico, exigin<strong>do</strong>se<br />

de to<strong>do</strong> o povo que contribuísse para o sustento <strong>do</strong> clero, conceden<strong>do</strong>-se aos magistra<strong>do</strong>s autorização<br />

para suprimir a heresia. Assim, o poder secular encontrava-se was mãos da igreja. Não levou muito<br />

tempo a que estas medidas tivessem o resulta<strong>do</strong> inevitável: a perseguição.<br />

Onze anos depois <strong>do</strong> estabelecimento da primeira colônia, Rogério Williams vein ao Novo Mun<strong>do</strong>.<br />

Semelhantemente aos. primeiros peregrinos, viera para gozar de liberdade religiosa; mas, divergin<strong>do</strong><br />

deles, viu (o que tão poucos em seu tempo já haviam visto) que esta liberdade é direito inalienável de<br />

to<strong>do</strong>s, seja qual for o cre<strong>do</strong> professa<strong>do</strong>. Era ele fervoroso inquiri<strong>do</strong>r da verdade, sustentan<strong>do</strong>, juntamente<br />

com Robinson, ser impossível que toda a luz da Palavra de Deus já houvesse si<strong>do</strong> rece- bida. Williams<br />

"foi a primeira pessoa da cristandade moderna a estabelecer o governo civil sobre a <strong>do</strong>utrina da<br />

liberdade de consciência, da igualdade de opiniões perante a lei." - Bancroft. Declarou ser o dever <strong>do</strong><br />

magistra<strong>do</strong> restringir o crime, mas nunca <strong>do</strong>minar a consciência. "0 público ou os magistra<strong>do</strong>s podem<br />

decidir," disse, "o que é devi<strong>do</strong> de homem para homem; mas, quan<strong>do</strong> .tentam prescrever os deveres <strong>do</strong><br />

homem para com Deus, estão fora de seu lugar, a não poderá haver segurança; pois é claro que, se o<br />

magistra<strong>do</strong> tern esse poder, pole decretar um conjunto de opiniões ou crenças hoje a outro amanhã,<br />

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