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para uma leitura não-biográfica da obra de mário de sá-carneiro

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171 polissema 7 2007<br />

permitem <strong>uma</strong> constelação <strong>de</strong> mensagens que po<strong>de</strong>m ser percepciona<strong>da</strong>s <strong>de</strong> forma<br />

consciente ou subliminar.<br />

A experiência como docente<br />

Apesar <strong>da</strong> ain<strong>da</strong> curta experiência como professora <strong>de</strong> interpretação, pu<strong>de</strong> constatar,<br />

tanto em alunos do 5º ano <strong>da</strong> Licenciatura em Línguas e Secretariado ─ Ramo <strong>de</strong><br />

Tradução e Interpretação Especializa<strong>da</strong>s como do 3º ano do Curso <strong>de</strong> Assessoria e<br />

Tradução, <strong>uma</strong> gran<strong>de</strong> dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> em integrar estes aspectos <strong>não</strong> verbais na<br />

interpretação, quer simultânea quer consecutiva, por um lado, e em <strong>de</strong>finir o modo <strong>de</strong><br />

como vertê-los no seu discurso, por outro.<br />

Naturalmente, que esta passou a ser <strong>uma</strong> questão sobre a qual tinha <strong>de</strong> me <strong>de</strong>bruçar<br />

<strong>para</strong> sensibilizar os alunos <strong>para</strong> a sua importância e <strong>para</strong> os aju<strong>da</strong>r na superação dos<br />

contratempos advindos.<br />

Primeiramente, importará sublinhar que, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> qualquer que seja a<br />

focalização adopta<strong>da</strong>, este acervo <strong>de</strong> elementos constitui sempre <strong>uma</strong> (muitas vezes<br />

pesa<strong>da</strong>) sobrecarga <strong>de</strong> informação, o que implica <strong>uma</strong> gestão intrica<strong>da</strong> <strong>para</strong> o intérprete e<br />

um encargo hercúleo <strong>para</strong> quem está ain<strong>da</strong> em formação nesta área.<br />

Em segundo lugar, em termos <strong>de</strong> funcionamento mental, sobretudo os elementos<br />

cinésicos e proxémicos dispõem <strong>de</strong> vias <strong>de</strong> entra<strong>da</strong> e <strong>de</strong> processamento distintas <strong>da</strong>s que<br />

se usam <strong>para</strong> codificar a fala. Em consequência, aquela informação é processa<strong>da</strong><br />

<strong>para</strong>lelamente à informação verbal, mas mais rapi<strong>da</strong>mente, o que ocasiona a acumulação<br />

<strong>de</strong> expectativas <strong>de</strong> significação antes que se tenha elaborado completamente a mensagem<br />

verbal recebi<strong>da</strong>, o que po<strong>de</strong> criar situações <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> risco na interpretação.<br />

Uma <strong>da</strong>s outras dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s resi<strong>de</strong> no facto <strong>de</strong> os recursos <strong>da</strong> expressão <strong>não</strong> verbal<br />

serem activados normalmente mediante um processo <strong>de</strong> execução muito automatizado e<br />

que escapam à consciência. Não significa isto que o gesto possa ou <strong>de</strong>va ser controlado, o<br />

que se torna claro é que estes automatismos maximizam a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> comunicativa <strong>da</strong>s

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