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para uma leitura não-biográfica da obra de mário de sá-carneiro

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polissema 7 2007 277<br />

14. In<strong>da</strong> há comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

Que foram velhos quilombos<br />

Se isso for provado<br />

Sentado <strong>não</strong> leva tombo<br />

A terra passa prós negros<br />

Me disse isso um pombo<br />

15. Quem garante o direito<br />

É a constituição<br />

A lei maior do Brasil<br />

Mas com organização<br />

Com luta, com exigência<br />

Com reivindicação<br />

16. Recuperar essas terras<br />

É <strong>de</strong>ver <strong>da</strong> quilomba<strong>da</strong><br />

Do negro lá do quilombo<br />

E conquista, <strong>não</strong> esmola<br />

O negro que é bem vivo<br />

Quem engana? Quem enrola?<br />

As fissuras provenientes <strong>da</strong> <strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong> na socie<strong>da</strong><strong>de</strong> brasileira caracteriza<strong>da</strong> pela<br />

noção <strong>de</strong> raça, constituem, ain<strong>da</strong>, <strong>uma</strong> <strong>da</strong>s maiores discrepâncias <strong>da</strong> aplicação do mo<strong>de</strong>lo<br />

liberal `a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> brasileira, <strong>uma</strong> vez que <strong>de</strong>smitifica sua suposta universali<strong>da</strong><strong>de</strong> em<br />

garantir a um número ca<strong>da</strong> vez maior <strong>de</strong> indivíduos, permitindo-lhes, autonomia e<br />

liber<strong>da</strong><strong>de</strong> individual, por serem <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes dos contextos socio-culturais em que estão<br />

inseridos.<br />

Do ponto <strong>de</strong> vista normativo, a integri<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> pessoa física <strong>não</strong> po<strong>de</strong> ser garanti<strong>da</strong><br />

sem a proteção <strong>da</strong>s experiências compartilha<strong>da</strong>s intersubjetivamente, bem como dos<br />

contextos <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>, nos quais a pessoa foi socializa<strong>da</strong> e formou sua i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>. A<br />

i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> do indivíduo está entrelaça<strong>da</strong> como as i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>s coletivas e po<strong>de</strong> ser

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