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Relatório de Auditoria nº 28/2004 - 2ª Secção - Tribunal de Contas

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<strong>Auditoria</strong> <strong>de</strong> Gestão Financeira ao Programa / Projecto PIDDAC “Estradas Nacionais” Sub-programa “Via <strong>de</strong> Cintura Sul <strong>de</strong> Coimbra – Ponte Europa”<br />

A inclusão dos custos em causa na elaboração do orçamento do adjudicatário <strong>de</strong>ixou dúvidas na<br />

análise feita na auditoria, como o termo “aparentemente” revela. Dúvidas que os MTMM aprovados e<br />

que incluíam os valores aceites pelo IEP e relativos às alterações do processo construtivo não<br />

esclareceram. Com efeito, quer no que respeita à alteração processada entre o anteprojecto e o projecto<br />

<strong>de</strong> execução, que retirou a imprescindibilida<strong>de</strong> do cais, quer na alteração resultante da adopção da<br />

betonagem in situ, que tornou <strong>de</strong>snecessários os equipamentos para movimentação das aduelas, não se<br />

assinalou que a Fiscalização tivesse <strong>de</strong> alguma forma evi<strong>de</strong>nciado os custos correspon<strong>de</strong>ntes à<br />

supressão <strong>de</strong> todos esses trabalhos e consi<strong>de</strong>rado nos MTMM a inerente redução.<br />

A este propósito o IEP – sem explicar porquê – conclui que na análise dos processos técnicos da obra<br />

se optou unicamente pela audição <strong>de</strong> uma das partes, o projectista Grid (cf. págs. 64 da resposta). Tal<br />

não correspon<strong>de</strong> à verda<strong>de</strong>, uma vez que foram ouvidos na auditoria o Eng.º Director do<br />

Empreendimento, dois dos responsáveis pela Fiscalização e dois Eng.ºs do Gabinete <strong>de</strong> Projectos dos<br />

Serviços Centrais, para mencionar apenas os Técnicos do IEP que constam da “Estrutura da<br />

Fiscalização”, a págs. 78 a 82 da resposta.<br />

Foram ainda ouvidos os elementos da “Comissão <strong>de</strong> Revisão do Projecto”, como comprovam as<br />

referências feitas no documento “Comentários da Comissão <strong>de</strong> Revisão da Ponte Europa s/ o Rio Mon<strong>de</strong>go”,<br />

remetido pelo IEP com a resposta (anexo B7 – carta dos Eng.ºs Câncio Martins e Armando Rito,<br />

datada 04/05/04), na qual referem: “Os revisores quando foram chamados à <strong>Auditoria</strong> foram informados <strong>de</strong><br />

que se tratava duma conversa informal <strong>de</strong>stinada apenas a um levantamento da situação e o que fosse dito não<br />

seria registado. Os Revisores não voltaram a ser chamados. Na conversa que os Revisores mantiveram com os<br />

Auditores do <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong>, relataram, com algum pormenor, o que tinham encontrado, e as medidas que<br />

estavam a ser tomadas, no sentido <strong>de</strong> terminar a obra. Inclusivamente, a pedido do Dr. Pombeiro, um dos<br />

Revisores disponibilizou-se para acompanhar uma visita à obra, tendo-lhes sido feita na altura uma <strong>de</strong>scrição<br />

mais <strong>de</strong>talhada dos problemas que a Comissão <strong>de</strong> Revisão tinha <strong>de</strong>tectado, e a forma como estavam a ser<br />

ultrapassados”.<br />

Em conclusão, os auditores apreciaram a documentação técnica apresentada pelo IEP, inclusive a<br />

produzida pela <strong>de</strong>signada “Comissão <strong>de</strong> Revisão do Projecto”, e os <strong>de</strong>signados “Projectos <strong>de</strong> Reforço”,<br />

como adiante se po<strong>de</strong> verificar pela enumeração das “<strong>de</strong>ficiências <strong>de</strong> projecto com reflexos graves na<br />

segurança da ponte” por esta assinaladas, e ouviram elementos seus.<br />

Assim, mantém-se a apreciação feita.<br />

As alterações do processo construtivo dos tramos 3 e 4 do tabuleiro da ponte surgiram, assim, como<br />

iniciativa do dono da obra, e não como iniciativa do empreiteiro, como este tinha anteriormente<br />

solicitado e o projectista Grid havia já aceite para o tramo 4, alteração esta que teria projecto <strong>de</strong><br />

alteração do empreiteiro, sendo, portanto, os custos adicionais <strong>de</strong> obra e projecto <strong>de</strong> sua conta.<br />

O <strong>Relatório</strong> Preliminar foi seguido da apresentação <strong>de</strong> Projectos <strong>de</strong> Reforço, que incluíam uma parte<br />

escrita intitulada “Revisão <strong>de</strong> Projecto”, datada <strong>de</strong> <strong>28</strong> <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2003. Assinalam-se aí que “foram<br />

<strong>de</strong>tectadas as seguintes <strong>de</strong>ficiências <strong>de</strong> projecto com reflexos graves na segurança da ponte:<br />

♦ Segurança global e local do Pilar/Encontro P1.<br />

♦ Segurança da ligação do tabuleiro ao Pilar/Encontro P1 e consequências estruturais da concepção<br />

adoptada no projecto.<br />

♦ Segurança do tabuleiro nas aberturas dos banzos para a passagem do mastro.<br />

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