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Relatório de Auditoria nº 28/2004 - 2ª Secção - Tribunal de Contas

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<strong>Auditoria</strong> <strong>de</strong> Gestão Financeira ao Programa / Projecto PIDDAC “Estradas Nacionais” Sub-programa “Via <strong>de</strong> Cintura Sul <strong>de</strong> Coimbra – Ponte Europa”<br />

Verifica-se também que a prospecção geotécnica realizada pela Geocontole, <strong>de</strong> âmbito genérico, não<br />

foi seguida <strong>de</strong> uma campanha complementar com sondagens realizadas nos locais on<strong>de</strong> o projecto da<br />

Ponte Europa veio a prever a execução das estacas <strong>de</strong> fundação dos pilares, para além <strong>de</strong> não cobrir<br />

integralmente todo o traçado rodoviário previsto na zona do nó da EN1. Esta campanha complementar<br />

<strong>de</strong> sondagens veio a ter lugar, na própria execução da obra, como trabalho a mais.<br />

Apesar da instabilida<strong>de</strong> da encosta, na zona do nó na EN 1, ser um dos inconvenientes invocados pela<br />

JAE da solução que veio a ser adoptada e, apesar dos alertas constantes do projecto da Coba para a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sondagens complementares, antes da execução dos trabalhos, para confirmação das<br />

opções feitas, <strong>de</strong>u-se um escorregamento <strong>de</strong> terras, que teve custos <strong>de</strong> 192 875 103$00 acrescido <strong>de</strong><br />

IVA.<br />

Sobre este assunto, o IEP, no contraditório (pag.12), observou: “(…) Os aspectos respeitantes à<br />

instabilida<strong>de</strong> e geologia dos solos na referida encosta, e que tinham sido aflorados em pareceres da ex-JAE (…)<br />

foram <strong>de</strong>vidamente consi<strong>de</strong>rados, precisamente pelo tipo da solução adoptada.(…)<br />

Relativamente a um pretenso escorregamento da encosta que se verificou, <strong>de</strong>ve-se esclarecer que não se tratou<br />

<strong>de</strong> escorregamento da encosta propriamente dita, mas sim <strong>de</strong> um escorregamento aci<strong>de</strong>ntal do talu<strong>de</strong> da actual<br />

EN 1, provocado pela convergência <strong>de</strong> vários factores <strong>de</strong>sfavoráveis ocorridos, entre as quais chuvadas<br />

intensas que se verificam na ocasião da abertura <strong>de</strong> uma escavação para implantação do pilar <strong>de</strong> um viaduto<br />

junto à rotunda.<br />

Tratou-se pois <strong>de</strong> uma situação pontual e imprevista, que em condições climatéricas normais não se teria<br />

observado”.<br />

Apesar dos elementos pré-contratuais para on<strong>de</strong> remetem os contratos celebrados com a Coba e a<br />

Engivia com vista à realização dos projectos da re<strong>de</strong> viária entre o nó da EN 1(IC 2) e a ponte e do nó<br />

da Boavista, a que acresceram os projectos para os viadutos e obras <strong>de</strong> contenção nos mesmos troços,<br />

preverem um capítulo específico para os serviços afectados, verificou-se que não foi dada a estes<br />

trabalhos a importância que estes mereciam.<br />

No caso da margem direita, on<strong>de</strong> a ligação viária envolveu a execução <strong>de</strong> vários viadutos e obras <strong>de</strong><br />

contenção, com obras <strong>de</strong> escavação em arruamentos <strong>de</strong>ntro do perímetro urbano <strong>de</strong> Coimbra já<br />

consolidado, o estudo <strong>de</strong> soluções para reposição dos serviços afectados esten<strong>de</strong>u-se ao início dos<br />

trabalhos da empreitada, forçado pelos impedimentos à execução que ainda subsistiam, tendo sido<br />

dado início ao processo da sua contratação apenas em Março <strong>de</strong> 2000. Os projectos para esse efeito,<br />

<strong>de</strong>signadamente os projectos para alteração das re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> água e saneamento, só vieram a ser<br />

efectuados em Agosto / Setembro <strong>de</strong> 2000.<br />

O levantamento das re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> esgotos, abastecimento <strong>de</strong> água, distribuição <strong>de</strong> energia eléctrica, gás<br />

natural, telefones e televisão por cabo a alterar só foi verda<strong>de</strong>iramente <strong>de</strong>senvolvido durante a obra,<br />

tendo conduzido à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> suspensão <strong>de</strong> trabalhos <strong>de</strong> execução da empreitada. Também só<br />

durante a execução da empreitada foi pensada a realização <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água, cuja<br />

realização se tornaria mais difícil ou impossível mais tar<strong>de</strong>. A inclusão <strong>de</strong>stes trabalhos na empreitada,<br />

como trabalhos a mais, alargou o prazo <strong>de</strong> execução, provocando atrasos e onerando a empreitada com<br />

in<strong>de</strong>mnizações ao empreiteiro.<br />

Nesta matéria, a inversão da situação seria a atitu<strong>de</strong> correcta: Um levantamento rigoroso dos serviços<br />

afectados <strong>de</strong>veria prece<strong>de</strong>r o <strong>de</strong>senvolvimento do projecto da re<strong>de</strong> viária e constituir condicionante dos<br />

projectos, em especial, da localização das fundações dos viadutos, e não o contrário.<br />

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