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Relatório de Auditoria nº 28/2004 - 2ª Secção - Tribunal de Contas

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<strong>Auditoria</strong> <strong>de</strong> Gestão Financeira ao Programa / Projecto PIDDAC “Estradas Nacionais” Sub-programa “Via <strong>de</strong> Cintura Sul <strong>de</strong> Coimbra – Ponte Europa”<br />

Para além da fase aí <strong>de</strong>signada por “estudo preliminar”, as especificações previam apenas a fase <strong>de</strong><br />

“anteprojecto para concurso”, para além dos “projectos <strong>de</strong> iluminação”.<br />

Estabelecia-se nesta matéria que “os honorários serão <strong>de</strong>terminados pela aplicação das percentagens da<br />

Tabela <strong>de</strong> Honorários consi<strong>de</strong>rando a obra na categoria III, tomando como referência os custos <strong>de</strong> construção<br />

<strong>de</strong>finidos na respectiva estimativa do Estudo Preliminar, a percentagem <strong>de</strong> composição do estudo<br />

correspon<strong>de</strong>nte ao somatório das fases até à <strong>de</strong> anteprojecto, ou seja, 60 %, um <strong>de</strong>sconto <strong>de</strong> 20 % e a <strong>de</strong>dução<br />

do prémio correspon<strong>de</strong>nte ao Estudo Preliminar. Estes honorários incluem o Plano <strong>de</strong> Segurança e Saú<strong>de</strong>.<br />

Os honorários correspon<strong>de</strong>ntes ao Projecto <strong>de</strong> iluminação serão apresentados em separado.”<br />

As propostas dos três projectistas convidados foram recebidas pela JAE – Construção, S.A., e abertas<br />

em sessão pública, em 2 e 3 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 1998, perante Comissão constituída para o efeito – 6<br />

propostas <strong>de</strong> Câncio Martins Ld.ª, 5 da Grid, e 2 <strong>de</strong> Armando Rito Ld.ª.<br />

As soluções recebidas foram analisadas nos serviços da JAE – Construção, S.A., e da CMC.<br />

O memorando interno da Câmara <strong>de</strong> Coimbra, datado <strong>de</strong> 9/7/98, manifestava preferência pelas<br />

soluções da Grid, cujas propostas A, B e D são as únicas aí expressamente referenciadas: “Numa<br />

perspectiva arquitectónica e paisagística não tendo em conta o preço, consi<strong>de</strong>ra-se claramente <strong>de</strong> seleccionar a<br />

solução Grid-A. Não se trata <strong>de</strong> uma ponte; constituiria uma nova imagem visual da Cida<strong>de</strong>, aumentando o seu<br />

património. O gran<strong>de</strong> pilar, na Margem Esquerda, assimétrico em relação ao Rio, integra as diferenças<br />

funcionais e topográficas entre as duas margens, anunciando a subida até junto do Hotel D. Luís. A solução<br />

Grid-B é idêntica a esta, mas muito menos interessante. Consi<strong>de</strong>ra-se existirem outras três propostas aceitáveis.<br />

De entre elas <strong>de</strong>staca-se a Grid-D, não só na perspectiva preço (é a mais barata), mas também numa<br />

perspectiva paisagística (…)”<br />

Dos outros concorrentes, apenas se cita o concorrente Armando Rito, Ld.ª, aí não i<strong>de</strong>ntificado<br />

“Parafraseando um dos concorrentes: põe-se a questão <strong>de</strong> como “harmonizar os viadutos <strong>de</strong> acesso com a<br />

ponte, obtendo-se a necessária unida<strong>de</strong> estrutural e estética em todo o complexo e correspon<strong>de</strong>ntes economias<br />

<strong>de</strong> escala. Isto é tanto mais pertinente quanto os viadutos serão estruturas mais extensas, <strong>de</strong> maior visibilida<strong>de</strong> e<br />

<strong>de</strong> mais significativo investimento que a própria ponte”.<br />

Esta preferência, assim enunciada, é, como já se referiu atrás, contraditória com os pressupostos dos<br />

estudos anteriormente promovidos pela própria Câmara, em Abril <strong>de</strong> 1992.<br />

Em reunião havida em 16 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 1998, cerca <strong>de</strong> um mês <strong>de</strong>pois da entrega das propostas <strong>de</strong><br />

estudo prévio, entre técnicos da JAE – Construção, S.A., e da CMC e que contou com a participação<br />

dos Presi<strong>de</strong>ntes da JAE – Construção, S.A., e da CMC, foi acordado “pedir a três entida<strong>de</strong>s um parecer<br />

conjunto que, tendo por base os pressupostos do concurso visem permitir à JAE – Construção, S.A., a escolha<br />

da solução consi<strong>de</strong>rada mais vantajosa, em resultado da conjugação das componentes estrutural,<br />

arquitectónica e económica” para o que “a Câmara Municipal <strong>de</strong> Coimbra, bem como a JAE, nomeariam um<br />

representante e ambas acordaram na nomeação <strong>de</strong> uma terceira entida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reconhecida idoneida<strong>de</strong> e<br />

representativida<strong>de</strong>”, tendo acordado “convidar o Eng.º Artur Ravara”.<br />

Nessa mesma reunião ficou acordada a opção pelas propostas apresentadas pela Coba para o nó <strong>de</strong><br />

ligação à EN1, na margem esquerda, e pela Engivia para o nó da Boavista, na margem direita.<br />

O Grupo <strong>de</strong> Trabalho <strong>de</strong>signado, emitiu um parecer, datado <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1998, e intitulado<br />

“Estudos Preliminares da Ligação do Nó da EN1 (IC2) ao Nó da Boa Vista – Ponte Europa sobre o Rio<br />

Mon<strong>de</strong>go”.<br />

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