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Relatório de Auditoria nº 28/2004 - 2ª Secção - Tribunal de Contas

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<strong>Auditoria</strong> <strong>de</strong> Gestão Financeira ao Programa / Projecto PIDDAC “Estradas Nacionais” Sub-programa “Via <strong>de</strong> Cintura Sul <strong>de</strong> Coimbra – Ponte Europa”<br />

3 – A GESTÃO TEMPORAL<br />

O processo atravessou todo o período <strong>de</strong> existência da JAE – Construção, S.A., e do ICOR, tendo sido<br />

iniciado pela primitiva JAE e estando ainda em execução no actual IEP.<br />

Os primeiros estudos para a ligação EN1 (IC2) – EN17 iniciaram-se em 1990 e já então se admitia que<br />

essa ligação transcendia a escala meramente municipal, consi<strong>de</strong>rando-se a hipótese <strong>de</strong> celebração <strong>de</strong><br />

um contrato-programa que estabelecesse uma repartição <strong>de</strong> encargos entre a Administração Central e a<br />

Câmara Municipal <strong>de</strong> Coimbra, para a sua realização.<br />

Em 1992, a Câmara Municipal <strong>de</strong> Coimbra elaborou um estudo sobre a nova ponte e acessos, datado<br />

<strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 1992, consi<strong>de</strong>rando diversas hipóteses <strong>de</strong> localização alternativas e concluindo ser mais<br />

vantajosa a solução que viria a ser executada, ligando a rotunda da Boavista, na margem direita, com a<br />

zona do Hotel D. Luís, na margem esquerda, “solução mais atractiva do ponto <strong>de</strong> vista do tráfego e <strong>de</strong> uma<br />

coerente inclusão na re<strong>de</strong> viária <strong>de</strong>finida em se<strong>de</strong> <strong>de</strong> Plano Director Municipal, e que permite uma boa<br />

integração <strong>de</strong> toda a re<strong>de</strong> viária prevista para a margem esquerda do rio no todo concelhio”.<br />

As localizações preconizadas pela CMC e JAE reflectiam a diferença <strong>de</strong> perspectivas entre as duas<br />

entida<strong>de</strong>s: A JAE confrontava o carácter urbano da ligação, no traçado preconizado pela Câmara, com<br />

a coerência e continuida<strong>de</strong> da re<strong>de</strong> nacional, consi<strong>de</strong>rando a hipótese alternativa <strong>de</strong> uma via mais a sul<br />

que não cruzasse o rio Mon<strong>de</strong>go e, por outro lado, consi<strong>de</strong>rava a solução proposta pela CMC com<br />

maiores custos e <strong>de</strong> inserção difícil na EN1, prevista em zona <strong>de</strong> orografia com conhecidos problemas<br />

<strong>de</strong> instabilida<strong>de</strong>. Admitia, no entanto, que a ligação proposta, embora com funções urbanas, pu<strong>de</strong>sse<br />

vir a reflectir os seus efeitos na re<strong>de</strong> nacional, sugerindo alterações <strong>de</strong> traçado e perfil que reduzissem<br />

os custos.<br />

Em <strong>28</strong>-01-93, o Secretário <strong>de</strong> Estado das Obras Públicas pronunciou-se favoravelmente sobre proposta<br />

constante <strong>de</strong> Memorando, <strong>de</strong> 05-01-93, do Director <strong>de</strong> Serviços Regionais <strong>de</strong> Estradas do Centro, em<br />

que eram apresentadas as diferentes hipóteses <strong>de</strong> localização propostas pela CMC e on<strong>de</strong> se listavam<br />

as diferentes hipóteses <strong>de</strong> localização em discussão, concluindo pela preferência da ligação aí referida<br />

como Rotunda da Boavista / Cruzamento das Lajes (“solução A”), em <strong>de</strong>trimento da ligação Rotunda<br />

da Boavista / Hotel D. Luís (“solução B”), enunciando os aspectos negativos que justificavam a<br />

inconveniência <strong>de</strong>sta.<br />

O PDM <strong>de</strong> Coimbra, entretanto aprovado, em 23 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 1993, pela Assembleia Municipal e<br />

ratificado pela Resolução do Conselho <strong>de</strong> Ministros <strong>nº</strong> 24/94, publicada no DR – I Série B, <strong>de</strong> 22-4-<br />

1994, reflectia a “solução B” preconizada pela Câmara Municipal.<br />

Em 27 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1994, foi realizada uma reunião com a presença do Presi<strong>de</strong>nte da Câmara<br />

Municipal <strong>de</strong> Coimbra, do Presi<strong>de</strong>nte e Vice-Presi<strong>de</strong>ntes da JAE e do Director <strong>de</strong> Serviços Regionais<br />

<strong>de</strong> Estradas do Centro, on<strong>de</strong> foi discutida a realização da “Ponte Europa sobre o rio Mon<strong>de</strong>go em Coimbra<br />

e ligação à EN.17”.<br />

A CMC pretendia que a JAE promovesse a realização da obra, propondo a JAE que a CMC<br />

apresentasse “a candidatura da obra aos fundos comunitários, responsabilizando-se a JAE pela componente<br />

nacional e ainda pela execução do projecto”, efectuando a CMC as expropriações necessárias. Como<br />

contrapartida parcial, a JAE pretendia efectivar a transferência para o património municipal <strong>de</strong> um<br />

conjunto <strong>de</strong> troços <strong>de</strong> estradas nacionais já <strong>de</strong>sclassificadas ou a <strong>de</strong>sclassificar.<br />

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