12.06.2013 Views

Relatório de Auditoria nº 28/2004 - 2ª Secção - Tribunal de Contas

Relatório de Auditoria nº 28/2004 - 2ª Secção - Tribunal de Contas

Relatório de Auditoria nº 28/2004 - 2ª Secção - Tribunal de Contas

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>Auditoria</strong> <strong>de</strong> Gestão Financeira ao Programa / Projecto PIDDAC “Estradas Nacionais” Sub-programa “Via <strong>de</strong> Cintura Sul <strong>de</strong> Coimbra – Ponte Europa”<br />

Ora, as alterações que o IEP introduziu na sinalização custaram, a valores históricos, €304 327,04, o<br />

que equivale a 91% do custo fixado no contrato inicial.<br />

Os custos adicionais das alterações introduzidas na sinalização repartiram-se, igualmente, pela rotunda<br />

da Boavista (margem direita), inserida no perímetro urbano <strong>de</strong> Coimbra, e pelo Nó da EN1 (margem<br />

esquerda), fora do perímetro urbano mas confinante com uma urbanização que se <strong>de</strong>senvolveu e<br />

comercializou na mesma altura, ou seja, a partir <strong>de</strong> meados <strong>de</strong> 2002 (Figuras 7 e 9).<br />

A entrada em vigor da nova legislação (Decreto Regulamentar n.º 41/2002, <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> Agosto) não<br />

obrigava a alterações substanciais da sinalização projectada e menos ainda à utilização da sinalização<br />

mais cara do mercado (J.C.Decaux).<br />

«O sistema <strong>de</strong> protecção lateral da estrada, constituído por guardas <strong>de</strong> segurança, para os veículos <strong>de</strong> duas<br />

rodas» nada tem que ver com a alteração da sinalização a que se refere a passagem contestada.<br />

Todo o projecto da Ponte Europa já tinha sido aprovado anteriormente pela Edilida<strong>de</strong>, pelo que não é<br />

correcto que «(...) o ex- ICOR estava obrigado a obter concertação relativamente ao projecto <strong>de</strong> execução em<br />

apreço, por parte da C.M. <strong>de</strong> Coimbra». Mas ainda que o estivesse, isso não explica que o projecto tenha<br />

sido 91% mais caro que o inicial, que se tenha estendido à zona fora do perímetro urbano da Cida<strong>de</strong><br />

(Nó da EN1) e que, por último, os custos adicionais não tivessem ao menos sido repartidos com a<br />

Edilida<strong>de</strong>.<br />

O «reforço da sinalização, visando a diminuição da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aproximação ao nó, <strong>de</strong> forma a melhorar a<br />

segurança rodoviária» não é mencionado no citado documento para justificar qualquer parcela dos<br />

custos adicionais.<br />

Assim, pelas razões expostas, mantêm-se as observações.<br />

No <strong>de</strong>senvolvimento do processo, nas consultas e contratos com projectistas realizados pela JAE, S.A.,<br />

a quem em Março <strong>de</strong> 1998 a JAE cometeu a execução <strong>de</strong> projectos e obra, a CMC interveio<br />

activamente na escolha <strong>de</strong> soluções <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhe dos projectos, quer dos nós <strong>de</strong> acesso quer da própria<br />

ponte: A análise final <strong>de</strong> propostas e a escolha das soluções viárias tiveram lugar em reunião havida,<br />

em 16 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 1998, entre técnicos da JAE, S.A. e da CMC e que contou com a participação dos<br />

Presi<strong>de</strong>ntes da JAE, S.A., e da CMC.<br />

Nessa mesma reunião foi ainda acordado, relativamente às soluções recebidas para a própria ponte,<br />

“pedir a três entida<strong>de</strong>s um parecer conjunto que, tendo por base os pressupostos do concurso visam permitir à<br />

JAE, S.A. a escolha da solução consi<strong>de</strong>rada mais vantajosa, em resultado da conjugação das componentes<br />

estrutural, arquitectónica e económica” para o que “a Câmara Municipal <strong>de</strong> Coimbra, bem como a JAE,<br />

nomeariam um representante e ambas acordaram na nomeação <strong>de</strong> uma terceira entida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reconhecida<br />

idoneida<strong>de</strong> e representativida<strong>de</strong>”.<br />

O peso da CMC nas opções efectuadas foi particularmente evi<strong>de</strong>nte no caso do projecto da ponte,<br />

on<strong>de</strong> o parecer do Grupo <strong>de</strong> Trabalho, em relatório datado <strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1998, recomendou “que<br />

seja seleccionado o concorrente Grid, Lda. (...) e igualmente que seja solicitado ao concorrente Grid, Lda. a<br />

pesquisa, com base nas soluções A,B,C e E [4 das 5 propostas apresentadas], <strong>de</strong> uma solução que reunisse<br />

aspectos específicos <strong>de</strong>ssas propostas e <strong>de</strong>terminadas características, aí enunciadas, incluindo “o custo mais<br />

baixo possível”. Esta escolha é idêntica à que resultava <strong>de</strong> documento interno da CMC, datado <strong>de</strong><br />

9/7/98, com a diferença <strong>de</strong> esse primeiro documento não afastar a solução mais económica<br />

apresentada pela Grid.<br />

60

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!