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Diversidade Sexual na Educação: problematizações sobre a ...

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prevê o crime de racismo. A defesa da proposta é justificada pelo movimento<br />

como um instrumento importante para o combate à homofobia e à impunidade,<br />

e também como referência simbólica de inclusão das pessoas homossexuais no<br />

orde<strong>na</strong>mento jurídico brasileiro.<br />

Nos níveis municipal e estadual já são mais de 90 municípios e 7 unidades da<br />

federação com leis que proíbem e punem pessoas jurídicas pela discrimi<strong>na</strong>ção por<br />

orientação sexual e identidade de gênero. Esta estratégia de aprovação de leis antidiscrimi<strong>na</strong>tórias<br />

foi apresentada <strong>na</strong> década de 90, quando o movimento percebeu as<br />

dificuldades políticas para a aprovação da lei no plano federal. Assumiu então esta<br />

nova estratégia para fortalecer a luta pela lei <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l, acumulando forças, ao mostrar<br />

que vários municípios e estados vêm reconhecendo as demandas desta população.<br />

Ainda no plano <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l, o movimento tem reivindicado a aprovação da<br />

união civil entre pessoas do mesmo sexo. O projeto foi apresentado em 99 pela<br />

ex-deputada Marta Suplicy, e tramitou por todas as comissões da Câmara. Desde<br />

99 , está pronto para ser votado, mas todas as vezes em que se tentou, foi retirado<br />

da pauta, por manobras regimentais orquestradas por parlamentares ligados a<br />

setores religiosos e reacionários. No âmbito acadêmico, esta discussão (entre tantas<br />

outras questões) vem sendo fortalecida por diversas instituições e redes de pesquisa,<br />

como a Associação Brasileira de Estudos da Homocultura (Abeh) e a Rede de Pesquisas<br />

Parceria Civil, Conjugalidades e Homoparentalidade.<br />

Em 004, fruto da pressão do movimento homossexual, foi lançado pelo governo<br />

federal o Programa Brasil Sem Homofobia (BSH), com o seguinte subtítulo:<br />

“Programa de Combate à Violência e à Discrimi<strong>na</strong>ção contra GLTB e de Promoção<br />

da Cidadania Homossexual”. Atuaram em sua formulação governo e sociedade<br />

civil, através da Comissão Provisória de Trabalho, ligada ao Conselho Nacio<strong>na</strong>l de<br />

Combate à Discrimi<strong>na</strong>ção, vinculado à Secretaria Especial de Direitos Humanos<br />

da Presidência da República. Segundo a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e<br />

Transgêneros ( 00 : 0):<br />

194<br />

[...] apesar de o Programa Brasil Sem Homofobia ter a Secretaria<br />

Especial de Direitos Humanos da Presidência da República<br />

como órgão responsável pela sua articulação, implementação e<br />

avaliação, a responsabilidade pelo desenvolvimento das ações de<br />

Políticas Públicas se estende a todos os Ministérios e Secretarias<br />

do governo federal, estaduais e municipais, cabendo ao<br />

Movimento GLBT Brasileiro acompanhar e monitorar a sua<br />

efetiva implementação.

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