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FCUP Dep. Matemática Pura Geometria das Equaç˜oes Diferenciais

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3.2. Transformações de contacto no espaço 115<br />

• Jac S(α, β) tem característica igual a 1, para todo o (α, β) ∈ U. Suponhamos por exemplo<br />

que x α ≠ 0. O ponto (x, y, u) descreve então uma curva em IR 3 xyu, que pode ser parametrizada<br />

por x:<br />

x ↦−→ (y = f(x), u = g(x))<br />

As equações (3.2.7), dão: {<br />

(g ′ − p − q f ′ ) x α = 0<br />

(g ′ − p − q f ′ ) x β = 0<br />

e uma vez que x ′ α ≠ 0, deduzimos que g ′ − p − q f ′ = 0, isto é (p, q, −1) · (1, f ′ , g ′ ) = 0, o que<br />

significa que o plano do elemento deve ser tangente à curva.<br />

Diremos neste caso, que a 2- faixa de contacto é de tipo I - o seu suporte é uma curva<br />

imersa no espaço de configuração IR 3 xyu, e a 2-faixa é constituída pelos pontos dessa curva<br />

juntamente com todos os planos tangentes à curva (ver a figura 3.3).<br />

• Jac S(α, β) tem característica igual a 0, para todo o (α, β) ∈ U. O ponto (x, y, u) estará fixo,<br />

e as equações (3.2.2) não permitem determinar p e q, que serão por isso duas funções arbitrárias<br />

de α e β.<br />

Diremos neste caso, que a 2- faixa de contacto é de tipo 0 - o seu suporte é um ponto<br />

fixo no espaço de configuração IR 3 xyu, e a 2-faixa é constituída por esse ponto juntamente com<br />

todos os planos que o contêm (ver a figura 3.3).<br />

Figure 3.3: 2- faixas de contacto no espaço.<br />

A introdução do conceito de 2-faixa de contacto, como generalização do conceito de superfície e<br />

respectivos planos tangentes, juntamente com o de transformação de contacto, permitiu a Sophus<br />

Lie uma profunda unidade no tratamento <strong>das</strong> equações diferenciais (ordinárias e parciais), para<br />

além, evidentemente, do interesse puramente geométrico de tais transformações, que permitiram<br />

estabelecer laços profundos e inesperados, de uma elegância e clareza notáveis, entre as propriedades<br />

geométricas <strong>das</strong> linhas e <strong>das</strong> superfícies.<br />

Um difeomorfismo (local) Φ : J 1 (IR 2 ; IR) → J 1 (IR 2 ; IR) diz-se uma transformação (local) de<br />

contacto, se Φ preserva a distribuição de contacto Π, isto é:<br />

dΦ c (Π c ) = Π Φ(c) (3.2.10)<br />

ou de forma equivalente:<br />

Φ ∗ (ω) = λ ω (3.2.11)<br />

para alguma função λ ∈ C ∞ (J 1 (IR 2 ; IR)), que nunca se anula.<br />

simetria (finita) da distribuição de contacto.<br />

Por outras palavras, Φ é uma

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