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FCUP Dep. Matemática Pura Geometria das Equaç˜oes Diferenciais

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3.2. Transformações de contacto no espaço 117<br />

• A matriz J(m; α, β) tem característica máxima 2, para todo o (m; p = α, q = β). Neste caso:<br />

φ m<br />

def<br />

= π ◦ Φ ◦ F m : (α, β) ↦−→ (X(m; α, β), Y (m; α, β), U(m; α, β))<br />

é uma superfície imersa em IR 3 xyu:<br />

S m<br />

)<br />

def<br />

= φ m<br />

(IR 2 αβ<br />

parametrizada por α, β, e Φ ◦ F m é uma 2-faixa de contacto de tipo II, para todo o ponto m.<br />

Localmente a superfície S a pode ser definida como uma superfície de nível de alguma função<br />

escalar:<br />

S m = {(X, Y, U) ∈ IR 3 : F (x, y, u; X, Y, U) = 0}<br />

} {{ }<br />

m<br />

Mais concretamente - pelo menos um dos três Jacobianos:<br />

∂(X, Y )<br />

∂(α, β) , ∂(X, U)<br />

∂(α, β) , ∂(Y, U)<br />

∂(α, β)<br />

(3.2.15)<br />

é ≠ 0. Suponhamos por exemplo que é o primeiro. Podemos então resolver as duas primeiras<br />

equações (3.2.12), em ordem a α e β, substituir o resultado na terceira, para obter uma<br />

relação do tipo:<br />

F (x, y, u; X, Y, U) = 0 (3.2.16)<br />

a que chamamos uma equação directriz da transformação Φ. Esta equação representa o<br />

lugar geométrico dos pontos M = (X, Y, U) que são o suporte da 2-faixa de tipo II, imagem<br />

por Φ da 2-faixa de tipo 0, cujo suporte é o ponto m = (x, y, u). Fazendo agora variar o<br />

ponto m = (x, y, u), obtemos uma família a 3 parâmetros de superfícies em IR 3 , gerada por<br />

(3.2.16).<br />

O nosso objectivo é agora deduzir relações entre F e as funções X, Y, U, P, Q, que definem a<br />

transformação de contacto Φ, e que eventualmente permitam reconstruir esta a partir de F .<br />

A ideia geométrica é a seguinte - consideremos um elemento de contacto c = (m, π), em<br />

IR 3 xup, constituído por um ponto m = (x, u, p) e por um plano π ⊂ T m IR 3 , e seja s uma<br />

superfície em IR 3 xup, tangente a π em m, isto é, π = T m s.<br />

Quando o ponto m varia na superfície s, obtemos uma família a 2 parâmetros de superfícies<br />

{S m } m∈s em IR 3 , gerada por (3.2.16). A 2-faixa de contacto F m e a superfície s têm um<br />

elemento de contacto comum - o elemento c = (m, π = T m s).<br />

Consideremos agora a superfície S<br />

def = Φ(s), em J 1 . Como Φ é transformação de contacto,<br />

S e S m têm um elemento de contacto em comum - o elemento (M, Π) = Φ(c) = Φ(m, π),<br />

onde M é o ponto de contacto de S com S m , e Π é o respectivo plano tangente comum, em<br />

M.<br />

Mas isto significa que S é a envolvente da família a 2 parâmetros de superfícies {S m } m∈s .<br />

Desta forma, fica definida geomètricamente Φ, através da correspondência:<br />

(m, π) ↦−→ (M, Π)<br />

Para definir analìticamente Φ, a partir de F , suponhamos que s é dada por u = u(x, y).<br />

Então cada S m é definida por:<br />

F (x, y, u(x, y); X, Y, U) = 0 (3.2.17)

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