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FCUP Dep. Matemática Pura Geometria das Equaç˜oes Diferenciais

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1.7. Apêndice 39<br />

Dado um grupo (local ou global) a um parâmetro de difeomorfismos Φ, em IR n , ao campo de<br />

vectores:<br />

def<br />

X : x ↦→ X(x) = α ′ x(0) ∈ T x IR n (1.7.7)<br />

chama-se o campo de velocidades ou o gerador infinitesimal de Φ (ver a figura 1.8).<br />

Recìprocamente, temos o teorema fundamental seguinte:<br />

Figure 1.8: Campo de velocidades de um fluxo<br />

Teorema 1.7.1 “Teorema da integrabilidade para campos de vectores” ... Todo o<br />

campo de vectores X ∈ X(IR n ) é gerador infinitesimal de um único grupo a um parâmetro de<br />

difeomorfismos maximal Φ X em IR n . Quando X tem suporte compacto, Φ X é um grupo a um<br />

parâmetro de difeomorfismos global.<br />

– Dem. ... (esboço) ... O teorema de existência e unicidade de soluções de equações<br />

diferenciais ordinárias implica que, para cada x ∈ IR n existe um intervalo aberto maximal<br />

I x ⊂ IR, que contem 0, e uma única curva integral α x : I x → IR n de X, tal que α x (0) = x.<br />

Definimos então:<br />

Φ X τ (x) = Φ X def<br />

(τ, x) = α x (τ) (1.7.8)<br />

onde α x é a única curva integral α x : I x → IR n de X, acima referida. Φ X (τ, x) é uma<br />

função de classe C ∞ , atendendo ao teorema da dependência diferenciável <strong>das</strong> soluções<br />

de equações diferenciais ordinárias, relativamente às condições iniciais. Além disso, se<br />

Φ X está definida em (τ, x) também está definida para (η, y) próximo.<br />

As condições Φ X (0, x) = x e Φ X (τ, Φ X (η, x)) = Φ X (τ + η, x) deduzem-se do facto de<br />

que, para cada y ∈ IR n , Φ X∣ ∣<br />

∣Iy é uma curva integral de X. Com efeito, por (1.7.8)<br />

×{y}<br />

vem que Φ X (0, x) = α x (0) = x. Por outro lado:<br />

τ ↦−→ Φ X (τ + η, x) e τ ↦−→ Φ X (τ, Φ X (η, x))<br />

(para todo o τ para o qual estão defini<strong>das</strong>) são duas curvas integrais maximais de X,<br />

que no instante τ = 0 passam ambas em Φ X (η, x), e por unicidade coincidem portanto.<br />

Resta mostrar que:<br />

O<br />

def =<br />

⋃<br />

x∈IR n I x × {x}<br />

é um aberto que contem {0} × IR n (claro!), e que Φ X é diferenciável. A demonstração<br />

completa destes factos pode ser vista em [Sp], vol.1, por exemplo.

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