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FCUP Dep. Matemática Pura Geometria das Equaç˜oes Diferenciais

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1.7. Apêndice 37<br />

1.7 Apêndice<br />

1.7.1 Grupos a um parâmetro de difeomorfismos e geradores infinitesimais<br />

Um fluxo (global) em IR n , é uma aplicação C ∞ :<br />

que verifica as duas condições seguintes:<br />

Φ : IR × IR n −→ IR n (1.7.1)<br />

Φ(0, x) = x<br />

Φ(τ, Φ(η, x)) = Φ(τ + η, x) (1.7.2)<br />

∀τ, η ∈ IR, ∀x ∈ IR n . Alternativamente um fluxo Φ em IR n , pode ser visto como um grupo a um<br />

parâmetro de difeomorfismos de IR n , isto é, como um homomorfismo do grupo aditivo (IR, +)<br />

no grupo Diff(IR n ) dos difeomorfismos de IR n :<br />

que verifica as condições seguintes:<br />

Φ : IR −→ Diff(IR n )<br />

τ ↦−→ Φ τ<br />

Φ 0 = Id IR n Φ τ ◦ Φ η = Φ τ+η Φ −τ = Φ −1<br />

τ (1.7.3)<br />

Para cada τ ∈ IR fixo, o difeomorfismo Φ τ : IR n → IR n diz-se a “aplicação de avanço no tempo τ”.<br />

Para cada x ∈ IR n , a curva:<br />

α x : IR −→ IR n<br />

τ ↦−→ α x (τ)<br />

def<br />

= Φ τ (x)<br />

(1.7.4)<br />

chama-se a linha de fluxo ou curva integral que passa em x. A imagem α x (IR) ⊂ IR n diz-se<br />

a órbita de x.<br />

Por cada ponto x ∈ IR n passa uma única órbita. De facto a relação x ∼ y ⇔ y = Φ τ (x), para<br />

algum τ ∈ IR, é uma relação de equivalência em IR n , cujas classes de equivalência são exactamente<br />

as órbitas do fluxo. Por outro lado, é possível mostrar que uma linha de fluxo apenas pode ser de<br />

um e um só dos seguintes tipos:<br />

• uma imersão injectiva.<br />

• uma imersão periódica, i.e., α x : IR → IR n é imersão e existe algum p > 0 tal que α x (τ +p) =<br />

α x (η), ∀τ ∈ IR.<br />

• constante. Neste caso α x (τ) ≡ x, ∀τ ∈ IR diz-se um ponto fixo.<br />

Quando temos um fluxo em IR n e U é um aberto de IR n , em geral as linhas de fluxo dos pontos<br />

de U não permanecem em U quando o “tempo” τ avança. No entanto, por continuidade, podemos<br />

afirmar que dado x ∈ U, a linha de fluxo α x deve permanecer em U durante algum pequeno<br />

intervalo de tempo I x ⊂ IR com 0 ∈ I x . Isto conduz-nos à seguinte definição:<br />

• Definição 1.7.1 ... Um fluxo local ou um grupo local a um parâmetro de difeomorfismos<br />

em IR n , é uma aplicação C ∞ :<br />

Φ : O ⊆ IR × IR n −→ IR n (1.7.5)<br />

definida num aberto O ⊆ IR × IR n , que verifica as condições seguintes (ver a figura 1.7):

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