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FCUP Dep. Matemática Pura Geometria das Equaç˜oes Diferenciais

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1.3. PDE homogénea de primeira ordem Xu = 0. 15<br />

cujo campo característico é:<br />

X = X ∂<br />

∂x + Y ∂ ∂y + Z ∂ ∂z<br />

O sistema (1.3.4) tem, neste caso, o aspecto seguinte:<br />

dx<br />

X(x, y, z) =<br />

dy<br />

y(x, y, z) =<br />

dz<br />

Z(x, y, z)<br />

(1.3.9)<br />

Suponhamos que v = v(x, y, z) e w = w(x, y, z) são duas soluções (isto é, dois integrais primeiros do<br />

campo X) funcionalmente independentes desse sistema, e que u = u(x, y, z) é uma terceira solução.<br />

Então o sistema de 3 equações homogéneas:<br />

⎧<br />

⎪⎨<br />

⎪⎩<br />

X u x + Y u y + Z u z = 0<br />

X v x + Y v y + Z v z = 0<br />

X w x + Y w y + Z w z = 0<br />

admite uma solução não trivial (X, Y, Z) ≠ (0, 0, 0) e portanto o seu determinante é nulo:<br />

∣ u x u y u ∣∣∣∣∣∣ z<br />

∂(u, v, w)<br />

v x v y v z =<br />

∣<br />

∂(x, y, z) = 0<br />

w x w y w z<br />

No entanto como essa matriz tem característica 2 (as duas últimas linhas são linearmente independentes,<br />

já que v e w são funcionalmente independentes), cocluímos, pelo teorema da função<br />

implícita, que u = F (v(x, y, z), w(x, y, z)), para alguma função F = F (v, w). As curvas solução<br />

do sistema (1.3.9), formam (localmente) uma congruência de curvas em IR 3 , isto é, uma família de<br />

curvas que depende de dois parâmetros.<br />

• Exemplo 1.3.1 ... Consideremos a equação:<br />

Da primeira equação dx x<br />

dx<br />

x = dy<br />

y =<br />

= dy<br />

y<br />

, deduzimos que:<br />

y<br />

x = c 1<br />

dz<br />

xy(z 2 + 1)<br />

e portanto a função u 1 (x, y, z) = y x<br />

, é um integral primeiro da equação dada, já que satisfaz<br />

a PDE:<br />

x u x + y u y + xy(z 2 + 1) u z = 0 (1.3.10)<br />

Para obter um segundo integral primeiro, substituimos y/x = c 1 , na equação :<br />

para obter:<br />

cuja integração dá:<br />

Substituindo c 1 = y/x, obtemos:<br />

dx<br />

x =<br />

dx<br />

x =<br />

dz<br />

xy(z 2 + 1)<br />

dz<br />

c 1 x 2 (z 2 + 1)<br />

c 1<br />

x 2<br />

2 = arc tg z + c 2<br />

1<br />

2 xy − arc tg z = c 2<br />

É fácil verificar que u 2 (x, y, z) = 1 2<br />

xy − arc tg z verifica a PDE (1.3.10), e que, além disso, é<br />

funcionalmente independente de u 1 .

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