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FCUP Dep. Matemática Pura Geometria das Equaç˜oes Diferenciais

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2.2. ODE’s de Segunda Ordem 89<br />

Uma solução generalizada da equação (2.2.1) é, por definição, uma curva integral (contida<br />

em SS), do campo de direcções características C SS . Entre estas soluções encontram-se as soluções<br />

clássicas, isto é, as curvas integrais de C SS , que se projectam difeomòrficamente sobre o eixo dos<br />

xx, e que, por isso, são 2-gráficos de soluções usuais da equação (2.2.1).<br />

O campo de direcções características C SS , da ODE F (x, u, u ′ , u ′′ ) = 0, pode ser definido por um<br />

campo de vectores Z = Z F ∈ X(Σ) (pelo menos localmente). Vejamos como se define este campo.<br />

Suponhamos que:<br />

Z = α ∂<br />

∂x + β ∂<br />

∂u + γ ∂ ∂p + δ ∂ ∂q<br />

Por definição, Z deverá verificar as seguintes condições:<br />

⎧<br />

⎪⎨ dF (Z)| Σ = 0 Z deve ser tangente a Σ<br />

ω 1 (Z)| Σ = 0<br />

⎪⎩ ω 2 (Z)| Σ = 0 Z deve pertencer ao plano de contacto Π = ker ω 1 ∩ ker ω 2<br />

As duas últimas condições dizem que:<br />

⎧<br />

ω 1 (Z) = (du − p dx)<br />

⎪⎨<br />

⎪⎩<br />

(<br />

)<br />

α ∂<br />

∂x + β ∂<br />

∂u + γ ∂ ∂p + δ ∂ ∂q<br />

= β − p α<br />

= 0<br />

(<br />

)<br />

ω 2 (Z) = (dp − q dx) α ∂<br />

∂x + β ∂<br />

∂u + γ ∂ ∂p + δ ∂ ∂q<br />

= γ − q α<br />

= 0<br />

(2.2.45)<br />

enquanto que a primeira é equivalente à existência de uma função λ tal que ZF = λF , isto é:<br />

Substituindo β = pα e γ = q α, vem que:<br />

α<br />

α ∂F<br />

∂x + β ∂F<br />

∂u + γ ∂F<br />

∂p + δ ∂F<br />

∂q = λ F<br />

( ∂F<br />

∂x + p ∂F<br />

∂u + q ∂F<br />

∂p<br />

)<br />

+ δ ∂F<br />

∂q = λ F<br />

e é óbvio que esta condição se verifica pondo λ = 0, α = − ∂F<br />

∂q<br />

e δ = ∂F<br />

∂x + p ∂F<br />

∂u + q ∂F<br />

∂p . Portanto o<br />

campo de vectores Z F , que define o campo de direcções características, tem a forma:<br />

ou em notação sugestiva:<br />

( )<br />

Z F = −F ∂ q ∂x + p ∂<br />

∂u + q ∂ ∂p<br />

+ (F x + p F u + q F p ) ∂ ∂q<br />

(2.2.46)<br />

Z F = −F u ′′<br />

( )<br />

∂<br />

∂x + u′ ∂<br />

∂u + u′′ ∂<br />

∂u<br />

+ (F ′ x + u ′ F u + u ′′ F u ′) ∂<br />

∂u<br />

(2.2.47)<br />

′′<br />

Z F diz-se o campo característico da equação (2.2.1). As respectivas curvas integrais são da<strong>das</strong><br />

pelas equações diferenciais:<br />

dx<br />

−F q<br />

= du<br />

−p F q<br />

= dp<br />

−q F q<br />

=<br />

dq<br />

F x+p F u+q F p<br />

(2.2.48)<br />

ou, noutra forma: ⎧⎪ ⎨<br />

⎪ ⎩<br />

ẋ = −F q<br />

˙u = −p F q<br />

ṗ = −q F q<br />

˙q = F x + p F u + q F p<br />

(2.2.49)

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