27.10.2014 Views

FCUP Dep. Matemática Pura Geometria das Equaç˜oes Diferenciais

FCUP Dep. Matemática Pura Geometria das Equaç˜oes Diferenciais

FCUP Dep. Matemática Pura Geometria das Equaç˜oes Diferenciais

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

2.2. ODE’s de Segunda Ordem 90<br />

Em particular, quando a equação (2.2.1) é resolúvel em ordem a q = u ′′ , isto é, quando F =<br />

−q + G(x, u, p), de tal forma que Σ = gr G = {(x, u, p, q) : q = G(x, u, p)}, o campo de vectores<br />

Z F , que define o campo de direcções características, tem a forma (uma vez que F q = −1):<br />

Z F = ∂<br />

∂x + p ∂<br />

∂u + q ∂ ∂p + (G x + p G u + q G p ) ∂ ∂q<br />

(2.2.50)<br />

Este campo projecta-se num campo de vectores:<br />

X G = ∂<br />

∂x + p ∂<br />

∂u + G(x, u, p) ∂ ∂p<br />

(2.2.51)<br />

em J 1 (IR, IR) = IR 3 xup. Portanto uma ODE do tipo u ′′ = G(x, u, u ′ ) é equivalente ao campo de<br />

vectores X G , em J 1 , acima referido.<br />

2.2.3 Simetrias da equação F (x, u, u ′ , u ′′ ) = 0<br />

Uma simetria (infinitesimal) da ODE de segunda ordem F (x, u, u ′ , u ′′ ) = 0, é um campo de contacto<br />

de ordem 2, X ∈ X(J 2 (IR; IR)), tal que:<br />

XF = λ F<br />

para alguma função λ ∈ C ∞ (J 2 ). As simetrias mais estuda<strong>das</strong> são as simetrias pontuais X = ξ (2) ,<br />

onde ξ ∈ X(IR 2 xu).<br />

Consideremos uma ODE de segunda ordem cuja superfície associada é:<br />

Σ = {(x, u, p, q) ∈ IR 4 : F (x, u, p, q) = 0 }<br />

em J 2 (IR; IR), e suponhamos que SS é invariante sob um grupo (local) a um parâmetro Φ (2)<br />

τ , de<br />

transformações pontuais, onde Φ τ : IR 2 xu → IR 2 xu. Então as órbitas de Φ (2)<br />

τ estão conti<strong>das</strong> em SS:<br />

Φ (2)<br />

τ (c) = 0, ∀c : F (c) = 0<br />

e o gerador infinitesimal ξ (2) desse grupo, é sempre tangente a SS. Suponhamos que este gerador<br />

nunca se anula em SS:<br />

ξ (2) (c) ≠ 0, ∀c : F (c) = 0<br />

Então se f(x, u), g(x, u, u ′ ) e h(x, u, u ′ , u ′′ ) = Dxg<br />

D x f<br />

são invariantes diferenciais do grupo referido,<br />

as respectivas órbitas são da<strong>das</strong> (localmente) por:<br />

⎧<br />

⎪⎨<br />

⎪⎩<br />

f(x, u) ≡ α<br />

g(x, u, u ′ ) ≡ β<br />

D x g<br />

D (x, u, xf u′ , u ′′ ) ≡ γ<br />

(2.2.52)<br />

Mas os invariantes f, g e h = D xg<br />

D xf<br />

, são funcionalmente independentes e por isso a aplicação:<br />

Ψ : IR 4 xupq −→<br />

(<br />

IR 3 αβγ<br />

)<br />

(x, u, p, q) ↦−→ α = f(x, u), β = g(x, u, p), γ = Dxg<br />

D x f (x, u, p, q)<br />

tem característica 3, e é portanto uma submersão local, cujas fibras são as órbitas do grupo de<br />

simetria.<br />

Como estas órbitas estão conti<strong>das</strong> em SS, existe (localmente) uma função G : IR 3 → IR tal que<br />

(localmente) SS é dada por G(α, β, γ) = 0 (isto é, localmente SS é um cilindro sobre a superfície

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!