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FCUP Dep. Matemática Pura Geometria das Equaç˜oes Diferenciais

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1.6. PDE de primeira ordem F (x, y, u, p, q) = 0 32<br />

=<br />

=<br />

∣ −x ′ (s) −y ′ (s) ∣∣∣∣(so ∣ F p F q<br />

,p o ,q o )<br />

−x ′ (s o ) −y ′ (s o )<br />

∣ F p (x o , y o , u o , p o , q o ) F q (x o , y o , u o , p o , q o ) ∣<br />

= −x ′ (s o )F q (x o , y o , u o , p o , q o ) + y ′ (s o )F p (x o , y o , u o , p o , q o )<br />

≠ 0<br />

que é exactamente a condição de transversalidade (1.6.19).<br />

Posto isto, por cada elemento (x(s), y(s), u(s), p(s), q(s)), passamos agora a única faixa característica,<br />

que se reduz a esse elemento para τ = 0. Desta forma construímos 5 funções:<br />

x = x(s, τ), y = y(s, τ), u = u(s, τ), p = p(s, τ), q = q(s, τ) (1.6.20)<br />

defini<strong>das</strong> para |s − s o | e |t|, suficientemente pequenos, que satisfazem, para cada s fixo, as equações<br />

características (1.6.10), como funções de τ, e que para τ = 0, se reduzem respectivamente a<br />

x(s), y(s), u(s), p(s) e q(s). Além disso, a relação F (x(s, τ), y(s, τ), u(s, τ), p(s, τ), q(s, τ)) = 0,<br />

verifica-se idênticamente em s e τ, uma vez que se verifica para τ = 0.<br />

Concluindo - se existir uma superfície integral S, que passe em γ, e que contenha o elemento<br />

(x o , y o , u o , p o , q o ), então S deverá ser a reunião dos suportes <strong>das</strong> faixas características que acabamos<br />

de construir. Em particular as 3 primeiras equações em (1.6.20), devem formar uma parametrização<br />

de S.<br />

Recìprocamente, vamos agora provar que (1.6.20), representa uma solução do problema de<br />

Cauchy, dada em forma paramétrica, numa vizinhança de P o . Em primeiro lugar, podemos resolver<br />

as duas primeiras equações (1.6.20), para (s, τ) como funções de (x, y), para (x, y) perto de (x o , y o ).<br />

Com efeito:<br />

x o = x(s o , 0), e y o = y(s o , 0)<br />

e para (s, τ) = (s o , 0), pondo (·) = (x o , y o , u o , p o , q o ), vem que:<br />

[ ] [<br />

∂(x, y)<br />

∂(s, τ) = det xs y s x<br />

= det<br />

′ (s o ) y ′ (s o )<br />

x τ y τ F p (·) F q (·)<br />

]<br />

≠ 0<br />

por (1.6.19). Substituindo então na terceira equação (1.6.20), obtemos uma equação explícita<br />

u = u(x, y), para uma superfície S, que passa em γ.<br />

Para provar que S é superfície integral, como a relação F (x(s, τ), y(s, τ), u(s, τ), p(s, τ), q(s, τ)) =<br />

0, se verifica idênticamente em s e τ, resta provar que p e q, defini<strong>das</strong> pelas duas últimas equações<br />

(1.6.20), são idênticamente iguais a u x e u y , respectivamente. Esta verificação fica a cargo do leitor<br />

!...<br />

• Exemplo 1.6.1 ... Consideremos o problema de Cauchy:<br />

F (x, y, u, u x , u y ) = u x u y − 1 = 0,<br />

u(x, 0) = x<br />

A curva “inicial” γ é dada paramètricamente por:<br />

γ(s) = (x(s) = s, y(s) = 0, u(s) = s) (1.6.21)

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