27.10.2014 Views

FCUP Dep. Matemática Pura Geometria das Equaç˜oes Diferenciais

FCUP Dep. Matemática Pura Geometria das Equaç˜oes Diferenciais

FCUP Dep. Matemática Pura Geometria das Equaç˜oes Diferenciais

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

1.1. Equação de Pfaff P dx + Q dy = 0 5<br />

o que significa que o membro direito de (1.1.10) é uma função apenas de y, e portanto<br />

h pode ser determinada por integração:<br />

∫ y [ ∫ x ]<br />

h(y) = Q(x, s) − P y (t, s) dt ds<br />

y o x o<br />

Finalmente obtemos:<br />

f(x, y) = ∫ x<br />

x o<br />

P (t, y) dt + ∫ [<br />

y<br />

y o<br />

Q(x, s) − ∫ ]<br />

x<br />

x o<br />

P y (t, s) dt ds (1.1.11)<br />

para um qualquer ponto arbitrário (x o , y o ) ∈ R.<br />

Concluindo, se df = θ, então f tem necessàriamente a forma (1.1.11). Reciprocamente,<br />

definindo f : R → IR, através de (1.1.11), para um qualquer ponto arbitrário (x o , y o ) ∈ R,<br />

é imediato verificar que df = θ,<br />

Atendendo à proposição 1.1.2, o problema da integração da equação θ = 0, pode ser considerado<br />

resolvido se fôr possível determinar um integral f para a forma θ, o que, pelo Lema de Poincaré,<br />

é sempre possível localmente, desde que a forma θ seja fechada. Neste caso, se se pretende uma<br />

solução que contenha um dado ponto (x o , y o ), a solução geral (local) é obtida na seguinte forma<br />

implícita:<br />

f(x, y) = c<br />

onde a “constante de integração” c, é determinada pela condição de que f(x o , y o ) = c.<br />

• Exemplo 1.1.1 ... Calcular a solução geral da equação:<br />

θ = (y cos x + 2xe y )<br />

} {{ }<br />

P (x,y)<br />

dx + (sin x + x 2 e y + 2) dy = 0<br />

} {{ }<br />

Q(x,y)<br />

.<br />

Neste caso R = IR 2 e como:<br />

P y = cos x + 2xe y = Q x<br />

θ é fechada, logo exacta, pela proposição anterior. Se f satisfaz df = θ, então:<br />

f x = P = y cos x + 2xe y e f y = Q = sin x + x 2 e y + 2 (1.1.12)<br />

Integrando a primeira equação em ordem a x, obtemos:<br />

f(x, y) = y sin x + x 2 e y + h(y)<br />

Derivando relativamente a y, e usando a segunda equação em (1.1.12), vem que:<br />

sin x + x 2 e y + h ′ (y) = f y = sin x + x 2 e y + 2<br />

donde se deduz que h ′ (y) = 2, isto é, h(y) = 2y. Portanto:<br />

f(x, y) = y sin x + x 2 e y + 2y<br />

e a solução geral de θ = 0 é:<br />

f(x, y) = y sin x + x 2 e y + 2y = c<br />

c ∈ IR<br />

.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!