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Textos de Apoio (pdf)

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20<br />

CAPÍTULO 2. RESISTÊNCIA<br />

Nos estudos <strong>de</strong> resistência <strong>de</strong> onda não se po<strong>de</strong> afirmar que uma dada velocida<strong>de</strong> é elevada<br />

ou baixa sem conhecermos também a dimensão do navio. Assim, surge frequentemente a<br />

referência ao conceito <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> relativa, como razão entre a velocida<strong>de</strong> do navio e um<br />

parâmetro representativo da dimensão do navio,<br />

v rel = V √<br />

L<br />

(2.39)<br />

com V em nós e L em pés, em substituição do adimensional número <strong>de</strong> Frou<strong>de</strong>.<br />

Numa perspectiva do estudo hidrodinâmico do escoamanto, o navio po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado<br />

como um campo <strong>de</strong> pressão em movimento. Kelvin resolveu analiticamente o caso simplificado<br />

do sistema <strong>de</strong> ondas criado pelo movimento <strong>de</strong> um ponto <strong>de</strong> pressão. Demonstrou que o padrão<br />

da formação ondosa inclui um sistemas <strong>de</strong> ondas divergentes e um outro sistema cujas cristas<br />

das ondas se apresentam normais à direcção do movimento, como representado na Fig. 2.2.<br />

Ambos os sistemas <strong>de</strong> ondas viajam à velocida<strong>de</strong> do ponto <strong>de</strong> pressão.<br />

Figura 2.2: Sistema <strong>de</strong> ondas gerado por um ponto <strong>de</strong> pressão em movimento.<br />

O sistema <strong>de</strong> ondas associado ao movimento <strong>de</strong> um navio é bastante mais complicado.<br />

No entanto, como primeira aproximação, o navio po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado com um campo <strong>de</strong><br />

pressão em movimento composto por uma sobrepressão consi<strong>de</strong>rada pontual na proa e uma<br />

<strong>de</strong>pressão, também pontual, na popa. Assim, num navio que se <strong>de</strong>sloque a uma velocida<strong>de</strong><br />

relativa elevada, a formação ondosa provocada é constituída por dois sistemas principais <strong>de</strong><br />

ondas, Fig. 2.3:<br />

- o sistema da proa;<br />

- o sistema da popa.<br />

Cada um dos sistemas <strong>de</strong> ondas formados, com origem na proa e na popa do navio, é<br />

constituído por dois tipos <strong>de</strong> ondas:<br />

- as ondas transversais;<br />

- as ondas divergentes.<br />

Geralmente, os dois sistemas <strong>de</strong> ondas divergentes são <strong>de</strong>tectáveis apesar <strong>de</strong> o sistema da<br />

popa ser muito mais fraco. Não é normalmente possível isolar o sistema transversal da popa,<br />

sendo apenas visível a ré do navio a composição dos dois sistemas, transversal e divergente.

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