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Textos de Apoio (pdf)

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64<br />

CAPÍTULO 3. PROPULSÃO<br />

Ou seja, a velocida<strong>de</strong> média axial no plano do hélice atrás do navio à velocida<strong>de</strong> V , no<br />

ensaio <strong>de</strong> resistência sem hélice, é a velocida<strong>de</strong> da esteira nominal,<br />

V a = (1 − w n ) V (3.48)<br />

e, com o hélice em operação atrás do navio, o escoamento <strong>de</strong>vido à presença da querena é<br />

modificado obtendo-se a velocida<strong>de</strong> da esteira efectiva,<br />

V e = (1 − w e ) V (3.49)<br />

A velocida<strong>de</strong> total será a soma da velocida<strong>de</strong> da esteira efectiva e da velocida<strong>de</strong> axial induzida<br />

pelo hélice.<br />

O rendimento rotativo relativo η R é calculado por<br />

η R = K Q0m<br />

K Qm<br />

(3.50)<br />

em que K Q0m é obtido a partir do diagrama em águas livres do hélice e o coeficiente <strong>de</strong> binário<br />

K Qm é calculado com base nos resultados experimentais do ensaio <strong>de</strong> propulsão.<br />

Designa-se por rendimento do casco a razão entre a potência efectiva e a potência propulsiva,<br />

ou seja,<br />

η H = P E<br />

P T<br />

= R T · V s<br />

T · V a<br />

= 1 − t<br />

1 − w<br />

(3.51)<br />

A <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> w, t e η H é feita preferencialmente através <strong>de</strong> ensaios <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los em<br />

ensaios <strong>de</strong> auto-propulsão utilizando um hélice <strong>de</strong> “stock” com características conhecidas, tão<br />

aproximadas quanto possível do hélice óptimo. Se não for possível utilizar um mo<strong>de</strong>lo, aqueles<br />

parâmetros po<strong>de</strong>rão ser estimados com base em dados estatísticos. Para navios com um ou<br />

dois hélices, o diagrama <strong>de</strong> Harvald permite estimar os valores <strong>de</strong> w, t e η H em função do<br />

coeficiente <strong>de</strong> finura total e da razão B/L, com correcções associadas ao tipo <strong>de</strong> popa, cota do<br />

veio e diâmetro do hélice. Outros autores propuseram algumas expressões para a estimativa<br />

daqueles parâmetros. Destas, <strong>de</strong>stacam-se as <strong>de</strong> Taylor, Schoenherr e Luke, para navios com<br />

um hélice,<br />

e,<br />

w = 0, 5C b + 0, 025 (3.52)<br />

t = 0, 5w (3.53)<br />

com η H = 1, 02. Para navios com dois hélices,<br />

e,<br />

w = 0, 4533C b − 0, 114 (3.54)<br />

t = 0, 7w + 0, 01 (3.55)<br />

com η H = 0, 985. Po<strong>de</strong>rão aqui ser referidas as expressões mais complexas apresentadas por<br />

Holtrop, com base em mais <strong>de</strong> duzentos ensaios <strong>de</strong> auto-propulsão em mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> navios <strong>de</strong><br />

diversos tipos.

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