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Textos de Apoio (pdf)

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24<br />

CAPÍTULO 2. RESISTÊNCIA<br />

- se V/ √ gh < 0, 4, o padrão <strong>de</strong> ondas é semelhante ao caso <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong> infinita;<br />

- se V/ √ gh se aproximar <strong>de</strong> 1, o ângulo da envolvente aproxima-se <strong>de</strong> 90 ◦ ;<br />

- se V/ √ gh > 1, sin α = √ gh/V .<br />

2.3.2 Resistência <strong>de</strong> atrito<br />

A resistência <strong>de</strong> atrito do navio resulta do escoamento em torno da querena com número <strong>de</strong><br />

Reynolds elevado. Quando um corpo se move num fluido em repouso, uma fina camada <strong>de</strong><br />

fluido a<strong>de</strong>re ao corpo em movimento, ou seja, tem velocida<strong>de</strong> nula relativamente ao corpo.<br />

A variação <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> é elevada nas proximida<strong>de</strong>s da superfície do corpo e diminui com<br />

o aumento da distância ao mesmo. É prática habitual convencionar-se para a <strong>de</strong>finição da<br />

espessura da camada limite, a distância a partir da superfície do corpo até que a velocida<strong>de</strong><br />

do fluido seja 1% da velocida<strong>de</strong> do corpo.<br />

Desenvolve-se assim da proa para a popa do navio uma camada limite tridimensional. Esta<br />

camada limite inicia-se em escoamento laminar e sofre transição para o regime turbulento.<br />

Normalmente, esta transição ocorre junto à proa do navio. Esta transição é controlada pelo<br />

número <strong>de</strong> Reynolds do escoamento. Consi<strong>de</strong>rando o caso da placa lisa plana, a transição<br />

ocorre para valores entre Re = 3×10 5 e Re = 10 6 . Em regime turbulento os efeitos dissipativos<br />

<strong>de</strong> energia vão além do atrito molecular. Com crescente número <strong>de</strong> Reynolds, verificam-se<br />

intensas trocas <strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento em camadas adjacentes do fluido, ou seja, maior<br />

transporte <strong>de</strong> energia.<br />

No caso <strong>de</strong> uma placa plana, a espessura da camada limite turbulenta po<strong>de</strong> ser aproximada<br />

por:<br />

δx<br />

L = 0, 37 (Re L) −1/5 (2.46)<br />

Num navio, o gradiente lontitudinal <strong>de</strong> pressão na região da proa é, em geral, favorável<br />

ao escoamento. Pelo contrário, este gradiente é adverso na região da popa e a camada limite<br />

aumenta significativamente <strong>de</strong> espessura <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r ser consi<strong>de</strong>rada pequena quando<br />

comparada com o comprimento ou a boca do navio. Para todos os efeitos práticos, a camada<br />

limite <strong>de</strong> um navio po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada completamente turbulenta.<br />

A <strong>de</strong>pendência da resistência <strong>de</strong> atrito com o número <strong>de</strong> Reynolds e com a rugosida<strong>de</strong> da<br />

superfície é indicada pelo gráfico da Fig. 2.6. Para uma superfície rugosa, a resistência segue<br />

a linha da superfície lisa até que, para um dado valor <strong>de</strong> Re, se separa e tem a partir daí<br />

um andamento quase horizontal, ou seja, o coeficiente torna-se in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do Re. Quanto<br />

mais rugosa for a superfície mais cedo se evi<strong>de</strong>ncia este comportamento.<br />

A resistência <strong>de</strong> atrito <strong>de</strong> um navio é habitualmente dividida em duas componentes:<br />

- a resistência a que ficaria sujeita uma placa plana com área equivalente;<br />

- o aumento <strong>de</strong> resistência originado pela forma do navio.<br />

A resistência <strong>de</strong> atrito foi estimada durante décadas por expressões empíricas como, por<br />

exemplo, a fórmula <strong>de</strong> Frou<strong>de</strong>:<br />

R F = 1 − 0, 0043 (θ − 15) fSV 1,825 (2.47)

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