Textos de Apoio (pdf)
Textos de Apoio (pdf)
Textos de Apoio (pdf)
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
52<br />
CAPÍTULO 3. PROPULSÃO<br />
- velocida<strong>de</strong> do navio a ré;<br />
- ou seja, ângulo <strong>de</strong> avanço 180 ◦ < β ≤ 270 ◦ .<br />
E, por fim, no quarto quadrante temos naturalmente:<br />
- velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rotação do hélice correspon<strong>de</strong>nte à marcha a vante;<br />
- velocida<strong>de</strong> do navio a ré;<br />
- ou seja, ângulo <strong>de</strong> avanço 270 ◦ < β < 360 ◦ .<br />
Se existirem dados experimentais suficientes torna-se possível <strong>de</strong>finir uma função para<br />
estimar o <strong>de</strong>sempenho do hélice, no que diz respeito à força propulsiva e ao binário, nos<br />
quatro quadrantes do diagrama em águas livres. Um exemplo <strong>de</strong> um diagrama <strong>de</strong>ste tipo,<br />
multi-quadrante, está representado na Fig. 3.14, relativo aos hélices da série <strong>de</strong> Wageningen<br />
B4-70 com relação P/D entre 0, 5 e 1, 4.<br />
Justifica-se a introdução <strong>de</strong> uma notação para obter maior flexibilida<strong>de</strong> para trabalhar<br />
nestes diagramas multi-quadrante. De notar que para β = 90 ◦ ou β = 270 ◦ , situações em<br />
que a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rotação do hélice é nula, o coeficiente <strong>de</strong> avanço resultaria J = ∞. De<br />
forma semelhante, para prevenir o mesmo tipo <strong>de</strong> situações, são também <strong>de</strong>finidos os seguintes<br />
coeficientes:<br />
- coeficiente <strong>de</strong> força propulsiva modificado,<br />
CT ∗ T<br />
=<br />
(3.26)<br />
1<br />
2 ρV RA 2 0<br />
- coeficiente <strong>de</strong> binário modificado,<br />
CQ ∗ Q<br />
=<br />
1<br />
2 ρV RA 2 0 D<br />
(3.27)<br />
em que V R é a velocida<strong>de</strong> relativa <strong>de</strong> avanço para 0, 7R, ou seja,<br />
e<br />
CT ∗ T<br />
= π<br />
[<br />
8 ρ Va 2 + (0, 7πnD) 2] (3.28)<br />
D 2<br />
CQ ∗ Q<br />
= π<br />
[<br />
8 ρ Va 2 + (0, 7πnD) 2] (3.29)<br />
D 3<br />
Na Fig. 3.14 po<strong>de</strong>-se ver o efeito que a razão P/D tem no coeficiente <strong>de</strong> binário CQ<br />
∗<br />
para praticamente toda a gama <strong>de</strong> β. Em particular, é nos intervalos 40 ◦ < β < 140 ◦ e<br />
230 ◦ < β < 340 ◦ que a magnitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> CQ ∗ varia mais significativamente.