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Textos de Apoio (pdf)

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3.4. ENSAIOS COM MODELOS REDUZIDOS DE HÉLICES 45<br />

3.3.3 Rendimento i<strong>de</strong>al do hélice<br />

O rendimento i<strong>de</strong>al do hélice é o rendimento máximo que po<strong>de</strong> ser obtido em fluido perfeito<br />

com um hélice propulsor que não induza velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rotação no fluido.<br />

Num referencial em repouso no fluido, consi<strong>de</strong>re-se que o hélice avança com velocida<strong>de</strong><br />

V a , exercendo uma força propulsiva T . A potência efectiva do hélice é dada por<br />

P E = T V a (3.17)<br />

A perda <strong>de</strong> energia cinética axial por unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tempo é o fluxo <strong>de</strong> energia por unida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> tempo através <strong>de</strong> um plano perpendicular à direcção <strong>de</strong> avanço, no infinito, a juzante.<br />

Este fluxo <strong>de</strong> energia é calculado pelo produto do caudal mássico que se escoa pelo tubo <strong>de</strong><br />

corrente pela energia cinética específica,<br />

E˙<br />

p = ρ πD2<br />

4 (V a + V 0 ) × 1 2 V ∞<br />

2<br />

ou seja, consi<strong>de</strong>rando a relação conhecida entre a velocida<strong>de</strong> no disco e na esteira no infinito,<br />

E˙<br />

p = ρ πD2<br />

2 (V a + V 0 ) V0 2<br />

(3.18)<br />

O rendimento i<strong>de</strong>al do hélice propulsor será então dado por<br />

η i =<br />

T V a<br />

T V a + ˙ E p<br />

(3.19)<br />

ou, consi<strong>de</strong>rando (3.13) e (3.18), e simplificando, ficamos com<br />

η i = 1<br />

1 + V 0<br />

V a<br />

(3.20)<br />

3.4 Ensaios com mo<strong>de</strong>los reduzidos <strong>de</strong> hélices<br />

Apesar <strong>de</strong> o hélice ir funcionar numa esteira não-uniforme do navio, são realizados ensaios<br />

para avaliação do seu <strong>de</strong>sempenho numa esteira uniforme, recorrendo ao ensaio em águas<br />

livres <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo à escala reduzida do hélice, em condições apropriadas <strong>de</strong> semelhança.<br />

Neste ensaio, o chamado “open water test”, um mo<strong>de</strong>lo do hélice é <strong>de</strong>slocado com a velocida<strong>de</strong><br />

da avanço V a num fluido em repouso. O escoamento <strong>de</strong> aproximação <strong>de</strong>ve ser tão uniforme<br />

quanto possível. Durante o <strong>de</strong>slocamento do hélice este é posto a rodar por um pequeno motor<br />

eléctrico à velocida<strong>de</strong> n (rps) pretendida. O ensaio realiza-se normalmente a uma velocida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> rotação constante, ou seja, para um dado número <strong>de</strong> Reynolds.<br />

As características propulsivas em águas livres, nomeadamente a força propulsiva T e o<br />

binário Q, são medidas em regime estacionário <strong>de</strong> funcionamento. Depois <strong>de</strong> adimensionalizados,<br />

os valores medidos da força propulsiva e do binário para vários regimes <strong>de</strong> funcionamento<br />

constituem o “diagrama em águas livres” do hélice em questão.<br />

A força propulsiva T e o binário Q disponibilizados por um hélice propulsor <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong><br />

várias variáveis:<br />

- a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avanço V a ;

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