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Textos de Apoio (pdf)

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62<br />

CAPÍTULO 3. PROPULSÃO<br />

<strong>de</strong> Reynolds. Este efeito resultante da variação do número <strong>de</strong> Reynolds é resolvido pela<br />

aplicação <strong>de</strong> uma força <strong>de</strong> compensação. A intensida<strong>de</strong> da força <strong>de</strong> compensação necessária<br />

F D é <strong>de</strong>terminada por,<br />

F D = 1 2 ρ · V 2 m · S m · ((1 + k) (c F m − c F s ) − c A − c AA ) (3.41)<br />

O hélice tem portanto que produzir uma força propulsiva igual à resistência total R T menos<br />

a força <strong>de</strong> compensação F D .<br />

Outro efeito <strong>de</strong> escala a consi<strong>de</strong>rar no ensaio <strong>de</strong> propulsão diz respeito à esteira. A<br />

espessura da camada limite e esteira do mo<strong>de</strong>lo é relativamente maior que a correspon<strong>de</strong>nte<br />

espessura no navio. Ou seja, o coeficiente <strong>de</strong> esteira do mo<strong>de</strong>lo é maior que o do navio. A<br />

velocida<strong>de</strong> média <strong>de</strong> aproximação ao hélice, adimensionalizada pela velocida<strong>de</strong> do mo<strong>de</strong>lo, é<br />

menor que a correspon<strong>de</strong>nte velocida<strong>de</strong> adimensionalizada do navio.<br />

Por último, <strong>de</strong>verá ser consi<strong>de</strong>rado o efeito <strong>de</strong> escala nas características propulsivas do<br />

hélice. De facto, o número <strong>de</strong> Reynolds do hélice no mo<strong>de</strong>lo é menor que no hélice do navio<br />

e os coeficientes <strong>de</strong> força propulsiva e <strong>de</strong> binário são diferentes.<br />

Na realização dos ensaios <strong>de</strong> propulsão é normalmente mantida a velocida<strong>de</strong> do “carro” <strong>de</strong><br />

reboque constante e é variada a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rotação do hélice até ser obtida uma condição<br />

<strong>de</strong> equilíbrio. São assim obtidos dados <strong>de</strong> força propulsiva e binário em função da velocida<strong>de</strong>.<br />

Adicionalmente, po<strong>de</strong>m ainda ser registados dados sobre o calado e o caimento do mo<strong>de</strong>lo<br />

durante o ensaio.<br />

O ponto <strong>de</strong> auto-propulsão do mo<strong>de</strong>lo é encontrado quando as forças exteriores sobre o<br />

mo<strong>de</strong>lo são nulas. O ensaio é realizado com o número <strong>de</strong> Frou<strong>de</strong> do navio, fazendo variar a<br />

velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rotação do hélice até que a força <strong>de</strong> reboque se anule. Nesta situação, a força<br />

propulsiva iguala a resistência da querena, alterada pela presença <strong>de</strong> hélice. Para compensar<br />

a diferença no coeficiente <strong>de</strong> resistência do navio e do mo<strong>de</strong>lo, é aplicada a força adicional <strong>de</strong><br />

reboque F D <strong>de</strong>terminada pela Eq. (3.41). É portanto mais correcto afirmar que no ponto <strong>de</strong><br />

auto-propulsão do mo<strong>de</strong>lo, a única força exterior aplicada ao mo<strong>de</strong>lo é a força F D .<br />

Para além do chamado ensaio <strong>de</strong> auto-propulsão, realizam-se os ensaios em sobrecarga.<br />

Cada ensaio em sobrecarga realiza-se também com o hélice a operar atrás do mo<strong>de</strong>lo com este<br />

a ser rebocado a velocida<strong>de</strong> constante. Faz-se variar a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rotação do hélice e, para<br />

cada uma das velocida<strong>de</strong>s ensaiadas n m regista-se a força <strong>de</strong> reboque F m , a força propulsiva<br />

T m e o binário Q m . Po<strong>de</strong>-se encontrar também o ponto <strong>de</strong> auto-propulsão do mo<strong>de</strong>lo por<br />

interpolação nos resultados dos ensaios em sobrecarga, mais concretamente interpolando na<br />

curva da força <strong>de</strong> reboque em função da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rotação, para o valor requerido <strong>de</strong> F D .<br />

3.8.2 Potência e velocida<strong>de</strong><br />

A potência efectiva P E , potência necessária para rebocar a querena, sem os apêndices associados<br />

à propulsão, à velocida<strong>de</strong> V s , é obtida por<br />

em que:<br />

P E = R T · V s (3.42)<br />

- R T é a resistência total em águas livres excluindo a resistência adicional dos apêndices<br />

associados à propulsão;<br />

- e V s é a velocida<strong>de</strong> do navio.

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